Aprestação de cuidados cotidianos somado à ruptura paradigmática no que tange a meta não curativa do tratamento e ainda as vivencias emocionais e espirituais do processo de terminalidade podem influenciar a saúde do profissional de enfermagem bem como de seu serviço prestado. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi compreender os fatores dificultadores do processo de trabalho em um setor de cuidados prolongados e paliativos. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, realizado com 12 profissionais da equipe de enfermagem de um setor de cuidados prolongados. Para a coleta de informações, utilizou-se entrevistas gravadas e os dados foram analisados por meio da Análise de Conteúdo. Os principais dificultadores para a prestação de cuidados apresentados pela equipe de enfermagem foram relacionadas à dimensão emocional, à gestão do tempo e às condições de trabalho. O enfrentamento eficaz do processo de morte pelos profissionais deve ser trabalhado pelas organizações de saúde, de forma que a educação permanente minimize a ocorrência de doenças ocupacionais. A gestão do tempo relacionada às demandas familiares pode ser aprimorada por meio da comunicação efetiva. Ademais, o uso de escalas de classificação do grau de dependência dos pacientes impacta na sobrecarga da equipe, o que otimiza o processo de gestão da unidade.