As fugas escravas podem ser consideradas o aspecto mais comum de resistência à dominação escravista em toda história da escravidão. A formação de quilombos acontecia após uma fuga inicial por parte dos cativos que viriam a ser denominados quilombolas. As pequenas fugas para visitar parentes, amigos, cônjuges, possibilitaram aos cativos espaços e fragmentos de “liberdade” para poderem resistir e existir em cativeiro ao longo de suas vidas. Neste trabalho procuramos analisar, a partir dos anúncios de escravos fugidos retirados do Diário de Pernambuco e do Jornal do Recife, como as fugas individuais e coletivas atormentaram a instituição escravista brasileira em anos de desagregação do sistema escravista.Palavras-chave: Escravidão, Fugas, Pernambuco.AbstractRunaway slaves can be considered one of the most common resistance aspects to slavery throughout its history. The formation of quilombos happened after an initial escape by the captives that would then be called quilombolas. The little escapes to visit family, friends and loved ones made possible to the captives spaces and fragments of ‘liberty’ so they could resist and exist in captivity during their lives. In this paper we seek to analyze, from the advertisements of runaway slaves taken from the Diário de Pernambuco and Jornal do Recife, how individual and collective escapes plagued the Brazilian slave institution in years of disintegration of the slave system.Keywords: Slavery, Escapes, Pernambuco.