Abstract:O objetivo do presente artigo é examinar elementos centrais do pensamento-ação de Anísio Teixeira, visando produzir subsídios para superação da atual crise de formação de pessoas em saúde. Primeiro, apresenta-se resumo de vida e obra de Anísio, avaliando seu legado institucional e impacto no cenário histórico da educação brasileira. Segundo, discute-se o modelo anisiano de Universidade Popular, promovido e implantado em duas oportunidades na história brasileira recente, porém reprimido politicamente com dureza… Show more
“…Um dos principais problemas demonstrados é a falta de representatividade e a persistência de um modelo hegemônico de formação médica. Esse modelo se baseia em uma abordagem científico-positivista, curativista, hospitalocêntrica, biologicista e fragmentada do indivíduo (Almeida Filho, 2014;UFSC et al, 2016), juntamente com uma exclusão persistente em relação à raça e classe social, afetando desproporcionalmente uma população vulnerável que utiliza o serviço público de saúde, o SUS. Além disso, essa exclusão se estende até a residência médica, onde mulheres e pessoas pertencentes a grupos étnico-raciais minoritários são frequentemente sub-representadas, prejudicando ainda mais a diversidade e capacidade de resposta desse sistema excludente que começa antes mesmo da formação médica de graduação (Fredrich et al, 2022;Marcon et al, 2020).…”
As doenças dermatológicas representam uma queixa frequente nos serviços de saúde no Brasil, especialmente na atenção primária. Portanto, é fundamental que os médicos generalistas possuam a habilidade de diagnosticar e tratar essas condições de forma apropriada, com o intuito de minimizar o impacto na qualidade de vida de seus pacientes. Contudo, diversos obstáculos dificultam a atuação desses profissionais em dermatologia, impactando diretamente no diagnóstico e tratamento de enfermidades cutâneas na atenção primária. Diante desse cenário, realizou-se uma análise aprofundada das principais questões estruturais, com ênfase na dinâmica médico-paciente e na formação dos médicos que atuam na atenção primária. O estudo destacou a necessidade de uma investigação minuciosa durante a graduação e nos resquícios do período pós-colonial, com o propósito de estabelecer conceitos fundamentados em questões educacionais médicas e nos desafios estruturais relacionados ao desenvolvimento histórico-econômico do Brasil.
“…Um dos principais problemas demonstrados é a falta de representatividade e a persistência de um modelo hegemônico de formação médica. Esse modelo se baseia em uma abordagem científico-positivista, curativista, hospitalocêntrica, biologicista e fragmentada do indivíduo (Almeida Filho, 2014;UFSC et al, 2016), juntamente com uma exclusão persistente em relação à raça e classe social, afetando desproporcionalmente uma população vulnerável que utiliza o serviço público de saúde, o SUS. Além disso, essa exclusão se estende até a residência médica, onde mulheres e pessoas pertencentes a grupos étnico-raciais minoritários são frequentemente sub-representadas, prejudicando ainda mais a diversidade e capacidade de resposta desse sistema excludente que começa antes mesmo da formação médica de graduação (Fredrich et al, 2022;Marcon et al, 2020).…”
As doenças dermatológicas representam uma queixa frequente nos serviços de saúde no Brasil, especialmente na atenção primária. Portanto, é fundamental que os médicos generalistas possuam a habilidade de diagnosticar e tratar essas condições de forma apropriada, com o intuito de minimizar o impacto na qualidade de vida de seus pacientes. Contudo, diversos obstáculos dificultam a atuação desses profissionais em dermatologia, impactando diretamente no diagnóstico e tratamento de enfermidades cutâneas na atenção primária. Diante desse cenário, realizou-se uma análise aprofundada das principais questões estruturais, com ênfase na dinâmica médico-paciente e na formação dos médicos que atuam na atenção primária. O estudo destacou a necessidade de uma investigação minuciosa durante a graduação e nos resquícios do período pós-colonial, com o propósito de estabelecer conceitos fundamentados em questões educacionais médicas e nos desafios estruturais relacionados ao desenvolvimento histórico-econômico do Brasil.
“…On the other hand, negative in the context of Brazilian universities. The omission that general education was one of the main axes of the Flexner Reform indicates a displacement or distortion in the imaginary dimension (Almeida-Filho, 2014). Could the failure of Flexnerian reform in Brazil be a signal of a different sort of coloniality, one that displaced contributions arising from philosophical pragmatism, from which Flexner himself became militant?…”
Section: The Humboldt Mythmentioning
confidence: 99%
“…Abraham Flexner (1866Flexner ( -1959, educator and institutional leader, was the author of that famous document that marked the emergence of a scientific approach to medical practice and an active pedagogical perspective for medical education, and eventually consolidated the research university in North America. I then revisited with critical eyes the text of the Flexner Report and wrote a series of papers (Almeida-Filho, 2010;Almeida-Filho, 2014). My conclusion was that, in Brazil, academic researchers in the health field might have demonized Flexner the educator and produced a phantasmal image of the Flexner Reform.…”
From a decolonial perspective, I propose in this paper a critical assessment of the university in Latin America as a social institution which, to fulfill its historical mission, needs to continuously recreate its institutional identity considering subaltern and peripheral economic, political and ideological contexts of coloniality. First, I provide a very brief account of the decolonial thought and its notions of ‘coloniality of power’, ‘coloniality of knowledge’ and ‘coloniality of being’. Secondly, in addition to revisiting historical grand narratives, I present a very brief history of higher education reforms in the Western world, followed by some highlights on the history of university reforms in Brazil. Then I introduce three index-cases of coloniality related to the Brazilian university to illustrate the topic. The first one I call the denial of Georges Cabanis, the second one has been called by historians as the Humboldt Myth, and the third one is a strong statement of my own responsibility: we Brazilians have never been Flexnerians. The specific discussion on how to interpret these emblematic index-cases of coloniality are my closing remarks for opening further debates on strategies and actions for decolonizing the University.
El 14 de diciembre tuvo lugar el lanzamiento del libro O pensamento social no Brasil. Estilos, idiomas en la librería Martins Fontes de la ciudad de São Paulo (Brasil). Semanas después, a principios de febrero, la editorial sugiere realizar la entrevista que se publica, en primer lugar, en el Blog da EdUERJ [https://www.eduerj.com/blog], y en la presente versión de forma ampliada y revisada, para la REB.
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