Novas tecnologias reprodutivas conceptivas: o paradoxo da vida e da morte

Abstract

Resumo Analisam-se nesse texto algumas das várias questões críticas, que podem ser encontradas no uso das novas Tecnologias Reprodutivas Conceptivas. Ressaltam-se as posições feministas no que se refere às mesmas, e ao apresentá-las e contrapô-las com duas situações ocorridas com as mães e com as crianças, elege-se um leque de disposições valorativas que problematizam o uso indiscriminado das práticas de reprodução humana em laboratório. Aponta-se para a necessidade de construir um entendimento compreensivo que atenda a ampliação de outros fatores, como aqueles associados à abertura para o risco da parte dos médicos e casais e a instrumentalização das dimensões subjetivas e simbólicas que influenciam na projeção de um sentido para a vida, por meio da busca pelo filho por meio de tecnologia. Palavras-chave: reprodução, instrumentalização, riscos.

Gendrificação, ciência e ética em contextos de experiência reprodutiva

“…A pergunta normalmente é dirigida a casais heterossexuais, já que a reprodução não é considerada uma obrigação nas relações homoafetivas. Os argumentos invocados para produzir essa indagação normalmente são construídos a partir de um fundamento axiológico de base comunitária, que se confronta com a perspectiva de um indivíduo livre, em processo de re exividade de si mesmo e, portanto, capaz de fazer escolhas diferentes daquelas privilegiadas por seu contexto cultural (GIDDENS et al,1996), ainda que as mesmas possam ser arriscadas para bebês e para mulheres (TAMANINI, 2004(TAMANINI, , 2006.…”

Assisted reproduction: Brazilian heterosexual couples' testimonies on the care of specialists

“…Surrogacy 1 has been taken up more recently by Hochschild (2012), Merleau-Ponty (2016) and Puleo (2017). Within Brazil, there are studies looking at the destination of embryos within clinics (Allebrandt 2018), their market dimensions, costs, and the tensions of risktaking (Corrêa 2001;Tamanini 2006;Silva 2013), and a similar focus can be seen in international studies such as those that have been conducted by Tain (2013), Spar (2007), Ikemoto (2010), and Waldby and Cooper (2014).…”

“…Testimonies also speak of the tensions and struggles of treatments previously undergone. We are fully aware that the acknowledgement of the care that clinics provide conflicts with positions informed by perceptions of the problems inherent in the medicalization of women's bodies, procedural risks to women and infants, and the excruciating wait and innumerable frustrated expectations that also appear in these narratives (Tamanini 2006;Laborie 1992aLaborie , 1992bLaborie , 1993Bezerra 2016;Fito 2010).…”