“…Mas, ainda hoje, a discussão da fome como uma questão estrutural, que decorre de uma herança colonial e escravocrata, é pouco enfatizada. Desde a colônia, a agroindústria brasileira mantém uma vocação predominantemente econômica, priorizando o mercado exportador de matéria-prima (açúcar, tabaco, ouro, diamante, algodão, café) sobre o mercado interno (mandioca, feijão e milho), concentrando riqueza nas mãos de poucos proprietários 2 , penalizando os mais pobres e, em geral, pessoas pretas, indígenas e seus descendentes.…”