publicação, mercado editorial, design de livros O mercado editorial brasileiro vem passando por transformações relevantes: tanto em sua estrutura -por exemplo, a respeito da divisão do trabalho -quanto em seus resultados -sobre a pluralidade de publicações. No entanto, no campo do Design da Informação, essas discussões são escassas. Assim, esse artigo visa contribuir para o campo ao apresentar uma revisão integrativa de modelos de produção e circulação de publicações. Para isso, apresentaremos os modelos de Darnton (1982), Adam & Barker (2006) e Martins (2007) e discutiremos detalhadamente o modelo apresentado por Bhaskar (2013), uma vez que relaciona a atividade de en-formação (cf. Souza et al., 2016) às outras atividades que compõem o mercado de publicações. Com isso, esperamos contribuir com ferramentas para elaborar a dimensão teórica da configuração da informação.
publishing, publishing industry, book designThe Brazilian publishing industry has been undergoing relevant transformations: both in its structure -for example, regarding the division of labor -and in its results -regarding the plurality of publications. However, in the field of Information Design, these discussions are scarce. Thus, this article aims to contribute to the field by presenting an integrative review of publication production and circulation models. For this, we will present the models of Darnton (1982), Adam & Barker (2006) and Martins ( 2007) and we will discuss in detail the model presented by Bhaskar (2013), since it relates the en-framing activity (cf. Souza et al., 2016) to other activities that make up the publications market. With this, we hope to contribute with tools to elaborate the theoretical dimension of information configuration. 1 Introdução Na última década, o mercado editorial brasileiro sofreu transformações relevantes. De um lado, o fechamento de grandes redes de livrarias, como Cultura e Saraiva (Lima, 2018). De outro, o crescimento de editoras independentes e feiras literárias (Gabriel & Scrivano, 2018). Segundo Mattar e Braga (2019), esse mercado passou a se caracterizar por "empreendimentos editoriais de porte pequeno, com recursos limitados e equipe enxuta, interessados em publicar conteúdos transdisciplinares (…) de gêneros diversificados" (p. 102). Nesse sentido, Muniz Jr. (2016) esmiúça o termo que circula para caracterizar os agentes nesse novo cenário: independentes. Para ele, quando essa categoria é mobilizada no campo das publicações, Anais do 11º CIDI e 11º CONGIC