Nós que aqui estamos por vós esperamos: a desejada aproximação entre educação básica e pesquisadores em ensino de ciências

Abstract

ResumoInspirados no documentário Nós que aqui estamos por vós esperamos, observamos como são pensadas as estratégias e maneiras de aproximar professores da educação básica e pesquisadores em ensino de ciências. Dessa forma, as inquietações e os debates de três pesquisadores atuantes nessa área traçaram caminhos de diálogo e reflexão sobre a importância e a necessidade de aproximação entre a educação básica e as pesquisas realizadas no cerne dos cursos de pós-graduação stricto sensu brasileiros, assumindo o que se legitima e se sustenta como base de qualidade no ensino de ciências e de sua prática nos pontos de ação das escolas. É dado destaque a tal pauta de discussão, tendo em vista as possibilidades e limitações entre pesquisadores (orientadores e orientandos) em ensino de ciências e os fazeres educativos constituídos nas escolas, uma vez que há uma demanda crescente que requer ação empenhada para realização de pesquisas nessa área de conhecimento, pois são nas expansões das ideias e nas relações que se estabelecem que o saber cresce. Apostamos na relação pesquisa e extensão para alcançar com mais eficiência a escola básica, refletindo sobre como o sistema nacional de pós--graduação pode e deve melhorar essa interface.Palavras-chave: Ensino de ciências. Escola básica. Formação de professores. Pesquisa e extensão. Pós-graduação stricto sensu. AbstractFrom an inspiration in the documentary Nós que aqui estamos por vós esperamos, the authors noted how are thought out strategies and ways to bring teachers of basic education and researchers into science education. In this way, the concerns and debates of three researchers working in this area outline ways of dialogue and * Doutora em Ciências Sociais pelo CPDA, da UFRRJ. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu

Transposição Do Rio São Francisco – O Uso Da Controvérsia Controlada Como Meio De Promover Aproximações Entre O Enfoque Educacional CTS E Educação Ambiental Crítica

“…No contexto da educação básica, o MP é uma alternativa para que professores atuantes possam buscar capacitação e retornar ao seu meio profissional com novas perspectivas práticas, tendo compreendido a importância da reflexão sobre sua prática. Neste sentido, na área de Ensino da CAPES, os mestrados profissionais permitem aos professores uma oportunidade de regresso à Academia e, com isso, a oportunidade de repensar suas intervenções (Anjos, Pereira & Rôças, 2018;Bomfim, Maia & Vieira, 2018).…”

“…Importante frisar que um professor da educação básica possui rotina de atividade intensa, principalmente, em especial, os professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental, que têm menos flexibilidade em sua carga horária. De forma que a aproximação entre escola e pós-graduação stricto sensu torna-se necessária para estabelecer parcerias; pois, por meio da associação pesquisa e extensão, da valorização das trocas, da promoção de discussões, da escuta e do incentivo a ressignificações de práticas pedagógicas, envolvendo vários sujeitos no processo e extrapolando a relação orientado-orientador (Moreira et al, 2017;Anjos, Pereira & Rôças, 2018) Assim, um mestrado profissional responde ao tripé ensino, pesquisa e extensão, principalmente quando destacamos o desenvolvimento de produtos educacionais que vão de encontro à busca de soluções para atender reivindicações da sociedade. Neste contexto, destacando o mestrado profissional na área do ensino de ciências, em que estão inseridos os sujeitos desta investigação, nota-se a partir dos produtos elaborados como exigência para conclusão do MP: atualização dos conhecimentos científicos e pedagógicos por meio de produção de mídias educacionais; organização e condução de ensino, pela organização de eventos; sustentação da aprendizagem dos alunos, pelo desenvolvimento de materiais interativos; investigação sobre a própria prática, nos relatórios de pesquisa e planejamento da carreira profissional (Villani et al, 2017).…”