O artigo discute uma narrativa cinematográfica brasileira, Tropa de elite, de José Padilha, que tanta polêmica causou no país desde o seu lançamento. Para tentar compreender as forças de poder em jogo tanto na narrativa como na recepção do filme, busca-se contextualizar Tropa de elite em relação à cinematografia contemporânea hollywoodiana, a uma possível tradição real-naturalista nacional e à representação fílmica e literária brasileira do subalterno. Apenas após abordar tais relações, analisar-se-á dialogicamente como se dá a subordinação de personagens de diferentes classes sociais, gêneros e raças, constante e violentamente calados pelo protagonista do filme, o Capitão Nascimento.