Objetivo: Analisar a relação entre Fenômeno do Impostor (FI), aspectos sociais, ansiedade e depressão em acadêmicos de medicina. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, descritivo e quantitativo com 213 estudantes entre o primeiro e oitavo período do Curso de Graduação em Medicina de uma instituição privada de ensino. Utilizaram-se um questionário sociodemográfico, Escala de Clance do FI, Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Inventário de Ansiedade de Beck (BAI). Resultados: Foi observada diferença significativa nas pontuações do FI entre os sexos, com uma média de 3,25 para mulheres e 2,8 para homens (p = 0,0075). Além disso, diferenças significativas do FI foram encontradas entre as faixas etárias, destaque para 18 a 24 e 25 a 34 anos (p = 0,0248). Houve também correlação positiva entre FI e depressão (rs = 0,5989, p < 0,0001) e entre FI e ansiedade (rs = 0,5705, p < 0,0001). Conclusão: A realização deste estudo revelou uma interação diretamente proporcional entre FI, ansiedade e depressão, além de demostrar que o sexo feminino e a faixa etária entre 18 e 24 anos, possuem maiores chances de desenvolver FI. Outras pesquisas devem ser feitas com intervenções para o FI que demonstrem impacto positivo na saúde mental.