Nível De Conhecimento, Atitudes E Práticas Dos Manipuladores De Alimentos Em Serviços De Alimentação

Abstract

Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento, atitudes e práticas de manipuladores de alimentos de serviços de alimentação. Materiais e Métodos: Trata-se de estudo transversal feito com manipuladores de alimentos de 15 serviços de alimentação, sendo que participaram da pesquisa 75 indivíduos. Foi aplicado um questionário contendo questões sociodemográficas e para avaliação do conhecimento, atitudes e práticas (CAP). O questionário autoaplicável continha 30 questões relacionadas às boas práticas na manipulação dos alimentos. Foi considerada adequada a nota igual ou superior a 70 % para a avaliação de cada bloco e do questionário por completo. Os dados foram analisados com auxílio do software SPSS, versão 22. Resultados e Discussão: 64% dos manipuladores exerciam atividades em restaurantes comerciais e 84% eram do sexo feminino. Quanto ao nível de escolaridade, 52% dos manipuladores tinham o ensino médio completo. Quanto às questões sobre CAP, no bloco de conhecimento e atitudes foram observadas menores pontuações quando comparado ao bloco de práticas. A média de pontuação no questionário foi igual a 54,9 ± 4,18. Falhas quanto ao entedimento e conhecimento sobre cuidados com os alimentos podem diminuir o nível de consciência sobre manipulação adequada e culminar em uma falsa ideia de segurança. Conclusão: Os manipuladores apresentaram falhas na avaliação do conhecimento; ressalta-se, assim, a necessidade de treinamento, de modo a agregar informações para promover melhorias de desempenho nas atividades executadas.DOI: 10.12957/demetra.2018.30528

Avaliação da adequação das boas práticas de fabricação em serviços de alimentação

“…A avaliação microbiológica realizada em sequência, confirmou a correlação negativa entre o conhecimento técnico e a prática observada. Outros estudos que analisaram o conhecimento e o comportamento de manipuladores de alimentos quanto às boas práticas também verificaram a necessidade da implantação de programas de capacitação de higiene e boas práticas de manipulação, além de supervisão adequada (Colombo et al, 2009;Leite et al, 2011;Boaventura et al, 2017;Pagotto et al, 2018).…”

Avaliação De Treinamento Com Manipuladores De Alimentos Após Ocorrência De Surto De Toxinfecção Alimentar Em Restaurante Universitário

“…Assim como no estudo de Pagotto et al, (2018), a maioria dos indivíduos avaliados, tanto na primeira fase quanto na segunda possuíam como escolaridade o ensino médio completo, o que se torna essencial para implementação de frequentes treinamentos nos serviços e na utilização de diferentes metodologias, pois desta forma os manipuladores possuem maior capacidade de compreensão para os conteúdos passados nos treinamentos. Na avaliação do nível de conhecimento, observou-se que houve um aumento de 33,31% da primeira intervenção para a segunda, demonstrando melhora no nível de conhecimento dos manipuladores após o treinamento, no entanto, não alcançou o percentual esperado, que segundo Saccol (2007) deve ser acima de 75%.…”

Impacto Da Aplicação De Ultrassom Nos Parâmetros De Qualidade De Sucos

“…Essa preocupação vem do fato de que o manipulador pode desempenhar importante papel nos casos de contaminação devido a doenças, falta de higiene e condutas inadequadas durante a produção. E este problema, segundo Pagotto et al (2018), está diretamente relacionado com a falta de preparo dos manipuladores de alimentos. Dessa forma, é necessário dar maior atenção a capacitação dos colaboradores, a fim de garantir a inocuidade dos alimentos.…”

“…Segundo Maia e Tolentino (2011), o tempo de profissão também influenciou na quantidade de acertos em questionário aplicado sobre BPF's, dessa forma quanto maior o tempo de experiência (acima de 12 anos), menor o nível de conhecimento (menos de 50% de acertos). Pagotto et al (2018) observou que o baixo grau de conhecimento por parte dos manipuladores acarretou a inadequada manipulação de alimentos. Foi constatado maior percentual de erro nas questões básicas, como por exemplo a higiene das mãos com 93,3%.…”

“…Segundo Gonçalves (2013) somente 22% da mão de obra é qualificada e que ainda há muita falta de informação sobre segurança dos alimentos por parte dos manipuladores, e dentre os que tem algum conhecimento, ainda existem muitas dúvidas. Por isso é tão importante a avaliação das atitudes, da prática e do conhecimento da equipe (PAGOTTO et al, 2018). O processo educativo deve ser visto com responsabilidade e competência, e deve ser utilizado visando a prevenção ou pelo menos, a mitigação dos problemas causados pela má conduta dos manipuladores (GONÇALVES, 2013).…”