Abstract:A cena cultural e museológica do período entreguerras e, posteriormente, a fase da Ocupação alemã e da memória de Vichy, na França, vêm sendo objeto de várias publicações nos últimos decênios ligadas a disciplinas que conversam entre si e sob a autoria, além dos franceses, de pesquisadores americanos e alemães, entre outros. Os estudos das biografias intelectuais inscritas em redes de relações contextuais ou ligadas às instituições dominam as abordagens sobre homens cuja história ultrapassa as fronteiras franc… Show more
Durante a década de 1960, a Universidade de São Paulo (USP) tornou-se responsável por um conjunto de coleções histórico-artísticas de grande relevância com a recepção dos acervos que integram seus museus estatutários. No caso do Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP), instituído em 1963 a partir da doação das chamadas Coleções Matarazzo, formadas por Francisco Matarazzo Sobrinho (1898-1977) e Yolanda Penteado (1903-1983), havia um projeto anterior ao implantado: o de receber o antigo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) na Cidade Universitária. O presente artigo busca apresentar indícios desse projeto através da relação da Universidade com seus interlocutores, com especial atenção ao envolvimento de Mário Pedrosa (1900-1981). Entende-se aqui a criação do MAC-USP como resultante da tentativa de incorporação do MAM-SP e parte integrante de um processo de modernização do país de que a Universidade se firmava como expoente. O artigo é o primeiro resultado da pesquisa de Gustavo Brognara no PPGMus-USP sob orientação de Ana Gonçalves Magalhães. O tema central da dissertação é a história da recepção das obras que fundam o MAC-USP, buscando esclarecer os motivos e os significados da destinação da coleção do antigo MAM-SP para a Universidade de São Paulo, bem como os projetos e os interesses desta ao recebê-la.
Durante a década de 1960, a Universidade de São Paulo (USP) tornou-se responsável por um conjunto de coleções histórico-artísticas de grande relevância com a recepção dos acervos que integram seus museus estatutários. No caso do Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP), instituído em 1963 a partir da doação das chamadas Coleções Matarazzo, formadas por Francisco Matarazzo Sobrinho (1898-1977) e Yolanda Penteado (1903-1983), havia um projeto anterior ao implantado: o de receber o antigo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) na Cidade Universitária. O presente artigo busca apresentar indícios desse projeto através da relação da Universidade com seus interlocutores, com especial atenção ao envolvimento de Mário Pedrosa (1900-1981). Entende-se aqui a criação do MAC-USP como resultante da tentativa de incorporação do MAM-SP e parte integrante de um processo de modernização do país de que a Universidade se firmava como expoente. O artigo é o primeiro resultado da pesquisa de Gustavo Brognara no PPGMus-USP sob orientação de Ana Gonçalves Magalhães. O tema central da dissertação é a história da recepção das obras que fundam o MAC-USP, buscando esclarecer os motivos e os significados da destinação da coleção do antigo MAM-SP para a Universidade de São Paulo, bem como os projetos e os interesses desta ao recebê-la.
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