Negra nobreza: reis, rainhas e a aristocracia no imaginário negro

Soares, Reinaldo da Silva

doi:10.11606/issn.2316-9036.v0i69p92-103

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“…Diante da face dura da escravidão, as festas de Congada e a eleiç ão dos reis do Congo proporcionavam aos negros o sentimento de pertencimento a um grupo e, com isso, a ressignificaç ão de sua fé e história, papel exercido também pelas irmandades às quais as festas estavam ligadas. Reverenciando seus reis ancestrais e santos, os negros inventaram uma naç ão muito específica que se comunicava com o Brasil da monarquia, dando-lhes novas cores e contornos (SOARES, 2006, apud SIMONI, 2017.…”

Section: Os Congos E a Congada Em Goiásunclassified

A CONGADA E O GRANDE BANQUETE (Lc 14,15-24)

Simoni

Ferreira

Pereira

2021

FRAG

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procuramos descrever e comparar uma parábola do evangelho de Lucas com festejos da congada. Mesmo com anacronismo temporal, esse fenômeno pode ser estudado, desde que utilizemos métodos criteriosos. Quanto à leitura bíblica, utilizar-se-ão Métodos Histórico-Crítico e Leitura Conflitual/Contradição. Se no primeiro, procurar-se-á estudar os passos para se entender a perícope do Banquete, pelo Método Conflitual se procurará dar vozes a pobres e personagens invisíveis na Bíblia. Em Lucas (14,15-25) isso acontece, assim como na congada da Vila João Vaz, em Goiânia: durante os festejos se prepara um baquete para os menos favorecidos onde rei e rainha do festejo se sentam na mesa para comer juntos e festejar a palavra de Jesus. Esse banquete acontece após a missa festiva em homenagem aos santos negros, onde a Homília tem como base o evangelho de Lucas, assim como as reflexões sobre os pobres mencionados na Bíblia, os convidados para o almoço festivo.

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