A pandemia da COVID-19 trouxe uma série de consequências para a população mundial, incluindo a interrupção das atividades presenciais das universidades brasileiras. Entende-se que alterações no estilo de vida de estudantes dos cursos de graduação em enfermagem podem ocorrer, em decorrência do isolamento/distanciamento social. O objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados ao estilo de vida de estudantes de enfermagem durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo transversal que coletou dados por meio de questionário online enviado aos estudantes de enfermagem de uma universidade pública do interior da Bahia. Foram 86 alunos que responderam de forma voluntária a dois instrumentos: um sobre dados sociodemográficos, comportamentais, emocionais e atitudinais (autorreferidos), também relacionados à pandemia da COVID-19 e o inventário sobre o estilo de vida de Nola Pender. Foram desenvolvidas medidas de tendência central e dispersão. Os dados foram descritos por meio de frequências absolutas e relativas, médias e desvios-padrão, bom como valores mínimos e máximos. O estilo de vida foi analisado por meio da escala de “Perfil de Estilo de Vida de Nola Pender” e foram empregados testes não-paramétricos. O estudo apresentou correlações entre a variável gênero e nutrição, religião e suporte social, se está cuidando de alguém durante a pandemia e suporte social, se está praticando atividade física e exercício físico e se está tendo hábitos saudáveis na pandemia da COVID-19 com suporte social. Nesse sentido, recomenda-se um olhar atento das instituições universitárias com relação à promoção do cuidado e autocuidado do estudante universitário.