Estudos sobre os povos chamados Botocudos, nas Minas Oitocentistas, são aqui aproximados aos aportes recentes sobre a presença de quilombos na região denominada Sertões do Leste, marcada por uma colonização violenta, com a ocorrência de escravização de indígenas e fugas de escravos negros. Para isso, são levantadas, nas fontes pesquisadas, informações relativas às complexas relações entre índios e negros escravizados que apontam para a formação de redes e conexões nas regiões de fronteira. A proposta se insere em uma tendência de estudos latinoamericanistas de articular a experiência indígena oitocentista à dos descendentes africanos, frequentemente abordados separadamente, nelas situando problemas relativos aos processos de cidadanização e transição para o trabalho livre na formação da nacionalidade.