Narrativas de um trabalho em saúde na atenção básica: território, NASF e produção do cuidado

Abstract

A Deus, por me guiar com sabedoria pelos caminhos da vida e me fortalecer todos os dias para continuar lutando por aquilo em que acredito.A Gustavo, companheiro amado que incentivou a escrita de cada uma destas páginas e compartilhou comigo todas as emoções de escrevê-las. Por cada dia que acordou mais cedo para me levar até o ponto de ônibus e cada noite que dormiu mais tarde me esperando chegar das aulas e reuniões na USP.À minha família, que construiu as bases para que pudesse seguir adiante, principalmente à minha mãe, que tão cedo nos deixou, mas que nunca deixou de duvidar da minha capacidade e de me incentivar, amando-me profundamente em todos os dias de sua existência.Aos meus sogros, Miriam e Antônio Luiz, que me acolheram como uma filha em sua família e fazem com que me sinta tão querida entre eles.Às queridas amigas que a graduação me proporcionou e que seguem cuidando de mim de perto e de longe: Amanda, Bárbara, Nathália, Fernanda, Marina e Viviane.Às amigas da especialização em Psicologia da Infância, que apoiaram e incentivaram minha inscrição no processo seletivo do mestrado, acreditando que isto seria possível: Vivian e Vanessa.Aos companheiros de NASF, por todos os momentos que compartilhamos na construção de uma equipe tão fortalecida e de ações tão sensíveis junto aos usuários e aos demais trabalhadores das unidades de saúde e da rede: Helmuth, Jacqueline, Edneia, Veronice e Fátima.A Adriana Marcondes Machado, minha orientadora, por todas as suas contribuições no desafiador processo de construção desta dissertação.Aos companheiros do grupo de orientação, por lerem cada texto e contribuírem com reflexões sobre a escrita e a angústia da pós-graduação: Aline, André, Diego, Letícia, Lilian, Lívia, Marcela, Patrícia e Renata.A Maurício L. Garcia e Ianni R. Scarcelli, pelas importantes contribuições durante a banca de qualificação, principalmente sobre as narrativas, fundamentais para o prosseguimento da escrita.A todos os trabalhadores dos serviços de saúde do município do Guarujá com quem pude trabalhar e construir conhecimentos sobre uma atuação implicada na Atenção Básica.A Iara Bega de Paiva, coordenadora de Saúde Mental do município do Guarujá, por acreditar e lutar por um SUS de qualidade, construindo junto conosco o NASF deste município, e apoiar cada uma de minhas ideias enquanto estive na equipe.A Roseli Tavares, ex-gerente do Instituto Corpore, organização social que gere as USAFA do município de Guarujá, por mostrar-se sempre disponível e acreditar na viabilização desta pesquisa no cotidiano do trabalho do NASF.A todos os usuários dos serviços que conheci, principalmente às crianças e suas famílias, por compartilharem comigo suas histórias de vida e possibilitarem a minha formação como psicóloga no NASF. Conceiçãozinha, a neighborhood in the outskirts of Guarujá, a cartographic research on the processes of know-how constitution and the production of care in the day-today of the healthcare work was created. In the monitoring of the already existing activities, the discomfort face to the w...

A Construção de Narrativas com Estudantes de Classes Desfavorecidas da Universidade Pública

“…Compreendidas como procedimento e objetivo deste trabalho, as narrativas exigiram o desenvolvimento de uma escrita-ato: o que é escrito analisa e produz a realidade. Construímos um percurso de análise e de escrita que permitisse acessar a produção de desigualdades no Instituto de Psicologia e, ao identificar as forças em jogo, disputar as concepções existentes (Alaion, 2017;Santos & Barone, 2007). A construção das várias versões das narrativas exigiu cuidar da forma dominante em nós (Bourdieu, 1993(Bourdieu, /2008Santos & Barone, 2007;Machado, 2010) e um trato para que as falas, gravadas e transcritas, se tornassem disparadoras de reflexões sobre a realidade (Bourdieu, 1993(Bourdieu, /2008Capozzolo et al, 2014).…”

“…A preocupação com os efeitos de nossas práticas perpassou todo o trabalho, desde a elaboração das perguntas que dispararam os encontros-entrevistas até a produção do texto final da pesquisa, partindo da clareza de que nosso posicionamento seria decisivo no que se produz nas relações com os depoentes (Bourdieu, 1993(Bourdieu, /2008. Mostrou-se necessário um contínuo cuidado em acessar a dimensão política da construção das formas de viver com as quais nos deparávamos, buscando romper com a postura culpabilizadora que costuma cercar as questões referentes à classe socioeconômica, para compreender o que estava em jogo em cada situação (Alaion, 2017). Assim, os depoimentos não geraram análises sobre os(as) estudantes com quem conversamos, mas sobre as forças em jogo nesse campo em que se engendram certas formas de viver.…”

Narrativas Do Cuidado a Crianças Em Um Nasf: A Estratégia Rodinha De Conversa

“…Este artigo é resultado, também, do encontro entre diferentes atuações que congregam saberes: a atuação de uma das autoras como psicóloga em uma equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) recém-implantado e o desenvolvimento de uma pesquisa-intervenção a partir dessa prática como dissertação de mestrado (Alaion, 2017). Atuar como psicóloga a partir do lugar de pesquisadora e pesquisar a partir do trabalho que se constrói cotidianamente na Atenção Básica exigiram considerações metodológicas relativas à composição desses papéis.…”