O artigo avalia comparativamente os dispêndios públicos educacionais durante os governos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Dentro desse contexto, o objetivo é avaliar a trajetória dos investimentos públicos destinados as Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas durante os quatro mandatos referentes aos períodos governamentais do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e do Partido dos Trabalhadores (PT). O estudo é pautado nos dados pesquisados no estudo sobre a educação superior brasileira no período de 1995-2010 realizada pelos professores Gilvan Dias de Lima Filho da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Nicolino Trompieri Filho da Universidade Federal do Ceará (UFC). A exposição dos resultados é dividida em três linhas: o número de IES, o número de discentes matriculados e nos dispêndios realizados em cada período (1995-2002 e 2003-2010) e segmento (público e privado). Com isso, pode-se afirmar que os dois governos utilizaram as duas vertentes, avaliação e financiamento, às vezes acoplando-as fortemente, como estratégia para atingirem os seus objetivos. Procurou-se, em ambos os períodos: promover uma expansão no quantitativo de estudantes matriculados na educação superior, com uma diminuição proporcional do setor público. Aumento expressivo na participação do setor privado na educação superior brasileira; ampliação significativa dos investimentos públicos na educação superior no governo Lula. Com relação aos gastos per capita anual no final (2002) do governo Fernando Henrique Cardoso foram de R$ 14.902,35, enquanto, os dispêndios per capita anual no final (2010) do governo Luiz Inácio Lula da Silva foram de R$ 18.141,89. Isso representa um crescimento de 21,74%. Em comparação com os governos anteriores tanto os governos do FHC quanto do Lula tiveram boas atuações na educação, apesar dos resultados ainda inferior.