“…Dentro dos sistemas eleitorais proporcionais, a magnitude distrital tem sido comumente considerada um fator particularmente importante, com mais mulheres geralmente eleitas em grandes círculos eleitorais multimembros.‖ (NORRIS,p.187;tradução nossa) No Brasil, as mulheres enfrentam diversos obstáculos para se tornarem candidatas e eleitas. Entre os fatores que a literatura aponta para a desigualdade de gênero nos cargos eleitorais brasileiros se destacam o modelo de sistema eleitoral (ARAÚJO; SPOHR et al, 2016), a magnitude do distrito eleitoral (CARLOMAGNO, 2017;MEIRELES;ANDRADE, 2017), o investimento dos partidos nas candidaturas femininas (JUNCKES et al, 2015;SACCHET, 2013;SILVA et al, 2017), a tradição dos eleitores em votar em candidatos homens, a dupla jornada feminina (CAMPOS et al, 2020, p. 596;FERNANDES, 2018) e a consolidação do espaço público como masculino, enquanto o espaço doméstico destinou-se historicamente às mulheres (ARAÚJO; BORGES, 2013;COELHO;BAPTISTA, 2009;FOX;LAWLESS, 2012).…”