O objetivo desse artigo é resgatar as principais críticas de Sueli Carneiro ao Movimento Feminista hegemônico, destacando-se a ênfase da autora sobre a necessidade de enegrecer o feminismo para demarcar e instituir na agenda do movimento de mulheres o peso da questão racial. Busca-se demonstrar a relevância de tal proposta, colocando-se em evidência tanto a manutenção das desigualdades intragênero quanto a persistência do genocídio contra a população negra. Em termos metodológicos, recorreu-se a uma revisão bibliográfica de textos publicados pela autora e a dados estatísticos sobre a situação sócio econômica da mulher negra para sustentar o argumento de que ainda é preciso enegrecer o feminismo, pois está em curso um genocídio da população negra, destacando-se o caso das mulheres, que se materializa por meio da submissão a condições de vida subumanas e pelo extermínio físico desse grupo.