Mudança do atendimento psicológico presencial para modalidade remota: facilitadores e dificultadores na pandemia de COVID-19

Abstract

Objetivo: verificar associações entre variáveis sociodemográficas e fatores facilitadores e dificultadores da transição do atendimento psicológico presencial para a modalidade remota no primeiro ano da pandemia de COVID-19. Método: trata-se de um estudo analítico, quantitativo, de corte transversal. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, a coleta foi realizada mediante aplicação de um formulário online composto por 55 questões. Os dados foram analisados por meio de técnicas de estatística descritiva e inferencial. Resultados: a amostra de conveniência foi composta por 385 psicólogos brasileiros, majoritariamente mulheres (67,01%), jovens profissionais com até cinco anos de ofício após a graduação (44,16%) e com predomínio de atividades na clínica privada. Constatou-se que o tempo de formação entre cinco e 10 anos foi associado com uma maior percepção de dificuldades e que a experiência prévia com atendimento remoto foi facilitadora da adaptação na transição de uma modalidade à outra. Conclusão: considerando que o teleatendimento pode ser uma ferramenta potente no cenário da saúde, sugere-se a inclusão das questões do atendimento remoto na agenda de pesquisa e conteúdos programáticos das grades curriculares dos cursos de formação em saúde.

Percepção de psicólogas(os) sobre psicoterapia online a pacientes com comportamento suicida durante a pandemia de COVID-19: subsídios para a construção de referências de atuação profissional

“…Um importante esclarecimento acerca de terminologias adotadas se faz necessário: diversas são as nomenclaturas utilizadas para descrever modalidade de psicoterapia em questão neste estudo, como telepsicologia, atendimento online, virtual, remoto, mediado por Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), entre outras (Santos et al, 2023). Entretanto, pouco se explora sobre os significados transmitidos por cada termo.…”