“…Essa invisibilização e o sufocamento de vozes e discursos, nos convocam a refletir sobre o conceito de sujeito e objeto. Conforme argumenta hooks(1989( , p.42 apud KILOMBA, 2019, "sujeitos são aqueles que têm o direito de definir suas próprias realidades, estabelecer suas próprias identidades e nomear suas histórias", enquanto o objeto tem sua identidade e realidade definidos por outros, que são os sujeitos.2 Apesar das diferentes concepções, usamos as expressões movimentos negros ou movimentos negros educadores por entendermos que a luta contra o preconceito e o racismo, dentre outras temáticas, foram o foco comum de vários movimentos negros em diferentes regiões do país, como nos falamOliveira et al (2022) sobre as lutas e conquistas na educação: [e]m São Paulo, apareceram a Sociedade Cooperativa dos Homens de Cor, em 1902, o Centro Cultural Henrique Dias, em 1908, a Sociedade União Cívica dos Homens de Cor, em 1915; no Rio de Janeiro, o Centro da Federação dos Homens de Cor; em Pelotas (RS), a Sociedade Progresso da Raça Africana, em 1891; em Lages (SC), o Centro Cívico Cruz e Souza, em 1918 (Domingues, 2009, p. 969 apud OLIVEIRA et al, 2022. É nesse esteio queKilomba (2019) aborda as questões estruturais do racismo.…”