2018
DOI: 10.1590/1413-812320182310.13992018
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Movimento social de mulheres com HIV/AIDS: uma experiência entre cidadãs “posithivas” do Rio de Janeiro, Brasil

Abstract: Resumo Diante do papel histórico da sociedade civil organizada nas respostas sociais à aids e na governança global em saúde, o artigo analisa a biografia de mulheres com HIV/aids, integrantes do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP), uma rede nacional de mulheres soropositivas. Utilizou-se abordagem qualitativa, com observações das ações do MNCP no Rio de Janeiro e entrevistas individuais com oito integrantes do MNCP, sobre suas motivações e experiências no movimento. A maioria das entrevistadas tin… Show more

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“…Em trabalho anterior (Cajado & Monteiro, 2018 ) foi observado entre as entrevistadas que a participação no movimento social fortaleceu o processo de reconstrução da identidade social pós-diagnóstico, facilitou o acesso à informação sobre o cuidado e ampliou as redes de apoio social dessas mulheres. Com base em trabalho etnográfico sobre o processo de inserção em organizações, grupos e redes ativistas de HIV/aids, Valle (2017) argumenta que as emoções faziam parte do foco de preocupação dos coletivos e das redes de apoio, na medida em que "se pensava que a doença desestabilizava e reordenava de modo não esperado trajetórias e projetos de vida, [...] uma questão própria da temática antropológica da experiência das doenças" (: 81).…”
Section: Resultsunclassified
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“…Em trabalho anterior (Cajado & Monteiro, 2018 ) foi observado entre as entrevistadas que a participação no movimento social fortaleceu o processo de reconstrução da identidade social pós-diagnóstico, facilitou o acesso à informação sobre o cuidado e ampliou as redes de apoio social dessas mulheres. Com base em trabalho etnográfico sobre o processo de inserção em organizações, grupos e redes ativistas de HIV/aids, Valle (2017) argumenta que as emoções faziam parte do foco de preocupação dos coletivos e das redes de apoio, na medida em que "se pensava que a doença desestabilizava e reordenava de modo não esperado trajetórias e projetos de vida, [...] uma questão própria da temática antropológica da experiência das doenças" (: 81).…”
Section: Resultsunclassified
“…O trabalho comunitário de cuidado é uma construção política engendrada pela nova arquitetura das políticas sociais, que atribui às comunidades e aos indivíduos o papel de corresponsáveis pelo desenvolvimento e bem-estar social (2016: 125). Cabe ressaltar que, a despeito da centralidade do autocuidado na vida das mulheres no âmbito das atividades do MNCP, não foram observadas abordagens no cenário do movimento que problematizassem as relações entre cuidado e as desigualdades sociais e de gênero (Cajado & Monteiro, 2018).…”
Section: O Cuidado Como Trabalho Femininounclassified
“…As trajetórias de vida das mulheres entrevistadas antes do diagnóstico do HIV são marcadas por processos de desigualdades de gênero e exclusão social, como já assinalado 10 , não havendo mobilidade social nos últimos anos, como indica o perfil no Quadro 1. Tais fatores, somados ao menor envolvimento político das mulheres no enfrentamento da epidemia e à persistência do estigma 26 , dificultam a convivência com a infecção e a luta pelos direitos sexuais e reprodutivos. Ademais, os direitos sexuais e reprodutivos das MVHA não têm sido contemplados na agenda governamental 10,27 .…”
Section: Direitos Sexuais E Reprodutivos E Feminismo Na Perspectiva D...unclassified
“…Entre os achados, as pesquisadoras postulam que, a agenda do movimento não priorizou as pautas defendidas pelo movimento feminista, tão pouco o enfrentamento do estigma e da discriminação, das desigualdades de gênero e da promoção dos direitos sexuais e reprodutivos das pessoas vivendo com HIV e Aids, associados à vulnerabilidade social do HIV. Ademais, as informantes vocalizaram que hoje poucas mulheres assumem publicamente a sua soropositividade pelo receito do estigma social e, consequentemente, um número reduzido de mulheres se engaja no ativismo político, colocando em xeque as estratégias defendidas na Carta de Princípios do MNCP (Cajado & Monteiro, 2018).…”
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