Motivação para primeira experiência do uso de drogas e recaídas de pessoas em tratamento

Abstract

O objetivo deste estudo foi investigar a motivação para primeira experiência no uso de drogas e recaídas após abstinência por pessoas com dependência química induzida pelo crack. Estudo descritivo, de abordagem mista. Foram realizadas 600 entrevistas com a utilização de questionário estruturado, na etapa quantitativa, e oito grupos focais, na etapa qualitativa, com total de 39 participantes. Para análise de dados utilizou-se o software SPSS e o método de interpretação de sentidos. A curiosidade motivou a iniciação do uso de drogas, assim como a pressão dos amigos e problemas familiares. Já a dificuldade de ficar sem a droga, vontade de sentir o efeito novamente, pressão de amigos, problemas familiares, decepção pela desconfiança dos familiares e o uso de drogas na própria instituição de tratamento foram relatados como motivadores de recaída. Os dados em ambas as metodologias foram convergentes e ratificaram os resultados obtidos.

Therapeutic itinerary of individuals who use alcohol and other drugs: an integrative review

“…Dois pontos principais se destacam: fatores individuais como a curiosidade para sentir os efeitos da droga e o anseio de sentir o impacto novamente, e o fator social devido à pressão dos pares e às influências de vários membros da família. Assim, a questão do consumo de drogas, bem como as situações de recaída pós-abstinência, deve ser considerada para além do tratamento da dependência química, precisando de ações que afetem os diferentes contextos de vida destes indivíduos, para que possam ser reabilitados e administrados de forma eficaz, rompendo a vulnerabilidade social em que se encontram (PEDROSA et al, 2020).…”

Alterações neurológicas em neonatos relacionadas ao uso do crack e da cocaína: uma revisão da literatura

“…No que se refere a síndrome de abstinência, esta representa a maior causa de recaídas, após curtos períodos de abandono do consumo das drogas, sendo justificada principalmente pela fissura relacionada a ausência das substâncias no organismo. Dessa forma, a relevância da observação da fissura nas primeiras semanas de tratamento do dependente químico, especialmente entre o período de 10 e 30 dias, pelo fato de que o maior desejo de reuso do crack está vinculado ao menor período de abstinência (Pedrosa et al, 2020).…”