MORPHO-ANATOMICAL CHANGES OF PEQUI LEAVES (Caryocar brasiliense Cambess.) EXPOSED TO SIMULATED DRIFT OF GLYPHOSATE

Abstract

-The goal of this research was to examine phytotoxicity and leaf anatomy of pequi plants (Caryocar brasiliense Cambess.) exposed to simulated drift of glyphosate. The experimental design was randomized blocks with nine replications. Each experimental unit was composed by one 18-L pot with one plant. The treatments consisted of different doses of glyphosate sprayed: 0 (control), 50, 100, 250, 500, 1000 and 1500 g ae ha -1 of glyphosate. Phytotoxicity visual ratings were carried out at 7, 14 and 21 days after spraying (DAS) by scores expressed in a percentage scale, within which zero and one hundred represent no symptom and plant death, respectively. Description of symptoms, changes in leaf anatomy and micromorphometric analysis were performed on leaves taken from plant top and middle third at 23 DAS. Poisoning symptoms were wilting, chlorosis followed by necrosis, winding of top leaves and leaf senescence, being intensified with increasing doses. Leaf anatomical changes were detected from the dose of 250 g ha- ALTERAÇÕES MORFO-ANATÔMICAS DE FOLHAS DE PEQUI (Caryocar brasiliense Cambess.) SUBMETIDAS À DERIVA SIMULADA DE GLIFOSATORESUMO -O objetivo desta pesquisa foi avaliar a fitointoxicação e a anatomia foliar de plantas de pequi (Caryocar brasiliense Cambess.) submetidas à deriva simulada do glifosato. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados com nove repetições. A unidade experimental foi constituída por um vaso, com capacidade de 18 litros, contendo uma planta. Os tratamentos corresponderam à aplicação das doses de 0 (controle), 50, 100, 250, 500, 1000 e 1500 g e.a. ha -1 de glifosato. Avaliações visuais de fitointoxicação foram realizadas aos 7, 14 e 21 dias após a aplicação (DAA) dos tratamentos por meio de notas expressas em escala percentual, em que zero e cem representaram ausência de sintomas e morte das plantas, respectivamente. Descrição dos sintomas, alterações na anatomia foliar e micromorfometria foram realizadas em folhas do ápice e do terço médio aos 23 DAA. Os sintomas visuais de intoxicação foram murcha, clorose seguida de necrose, enrolamento das folhas dos ápices e senescência foliar, sendo intensificadas com o aumento das doses. As alterações anatômicas nas folhas foram detectadas a partir da dose de 250 g ha -1. Os danos causados foram células plasmolisadas, ruptura da epiderme, células alteradas, hiperplasia, células colapsadas, tecidos necrosados e acúmulo de compostos fenólicos.Palavras-chave: Contaminação ambiental; Fitointoxicação; Espécie arbórea.

Evaluation of leaf and root absorptions of glyphosate in the growth of coffee plants

“…1a). The symptoms observed were narrowing of the leaf blade and internerval chlorosis in new leaves, similar to those reported by other authors (FRANÇA et al, 2010b;SILVA et al, 2016). Internerval chlorosis and narrowing of the leaf blade can occur due to Mg and Zn deficiencies respectively (BOTT et al, 2008;FRANÇA et al, 2010a).…”

“…Stimulation of vegetative growth in low doses of toxic substances, known as hormone, was observed for glyphosate (BRITO et al, 2017) characterized by the greater thickness of the spongy parenchyma (SILVA et al, 2016). However, this effect was not observed in the coffee seedlings in any of the absorption routes, regardless of the sublethal dosages applied.…”

“…Different results were observed in peach trees [(Prunus persica (Rosaceae)] (SANTOS et al, 2006) and Varjão [Parkia multijuga (Leguminosae -Mimosoideae)] (YAMASHITA et al, 2006) in which sublethal dosages of glyphosate did not provide growth suspension, indicating greater sensitivity for young coffee seedlings. Differential tolerance between species to agrochemicals can occur due to differences in applied doses, absorption and translocation to the target site, mechanisms that reduce the absorption of drops such as trichomes, thick layer of wax and overlapping leaves (REDDY et al, 2008;SILVA et al, 2016).…”

Análise morfoanatômica em plantas de Cenostigma macrophyllum Tul. (Fabaceae) localizadas na região de fronteira entre monocultura e o território indígena Akwẽ-xerente

“…O conteúdo presente no canal secretor de C. macrophyllum foi descrito por Silva et al (2018), em análise histoquímica, como de coloração "mostarda", que não reagiu para compostos lipídicos, fenólicos, pécticos e proteicos, no entanto, Sousa et al (2007) O acúmulo de substâncias, possivelmente compostos fenólicos, na região próxima à nervura principal, atrelado a uma divisão desordenada das células, que culminaram no aparecimento de estruturas semelhantes a uma lenticela, também é um indicativo da interferência na produção de compostos fenólicos, associada ao glifosato. Silva (2016) apontou como efeitos do glifosato em plantas de Caryocar brasiliense, dentre outras alterações anatômicas foliares, tecidos necróticos e acúmulo decompostos fenólicos, corroborando com as alterações observadas neste trabalho.…”

“…Diversos estudos têm demonstrado a importância da avaliação morfoanatômica de plantas expostas a poluentes, tais como poluição industrial (MARTINS et al, 2008), sensibilidade ao ozônio (BULBOVAS et al, 2008;GRAVANO et al, 2004;PEDROSO et al, 2015), exposição ao arsênio (SILVA, 2008), exposição a chuva ácida e deposição de pó de minério de ferro (NEVES et al, 2009), efeitos do fluoreto em plantas de Hypericum perforatum (FORNASIERO, 2003), gramíneas bioindicadoras da presença de flúor em regiões tropicais (OLIVA et al, 2005) e efeitos deletérios dos agrotóxicos SILVA et al, 2016;OLIVEIRA et al, 2021).…”