“…Por se tratar de um herbicida sistêmico (Bonmatin et al, 2015;Lentola et al, 2020), o glifosato ao entrar em contato com tecidos e células vegetais impede a biossíntese de aminoácidos aromáticos essenciais, como a fenilalanina, tirosina e triptofano, por meio do bloqueio da 5-enolpiruvil-quiquimato-3-fosfato sintase (EPSP) da via metabólica do ácido chiquímico, presente nos cloroplastos (Vicini et al, 2019;Barbosa et al, 2020;Gonçalves et al, 2020;Klingelhöfer et al, 2021). Além de comprometer a síntese dos metabólitos primários pelo bloqueio da EPSP, o glifosato também afeta os metabólitos secundários, a fotossíntese, o estado nutricional e o fluxo de carbono da planta e outros microrganismos que também possuem a EPSP (Barbosa et al, 2020;Gonçalves et al, 2020). Ainda, por não degradar facilmente na natureza esse herbicida e seus metabólitos podem ser encontrados na água, no solo e até mesmo em alimentos processados com alta frequência, causando enormes prejuízos ao equilíbrio ambiental (Zeng et al, 2020;Gonçalves et al, 2020).…”