Objetivo: Estimar a prevalência de má oclusão na dentição decídua e avaliar sua associação com hábitos bucais e tempo de aleitamento materno. Método: Estudo transversal constituído pelo universo de crianças, entre três e cinco anos de idade, residentes nas áreas de abrangência das Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Pedra Preta -Mato Grosso. A coleta de dados foi composta por duas etapas: entrevista com a mãe e/ou responsável e exame clínico odontológico da criança. As entrevistas foram realizadas por duas auxiliares previamente treinadas e o exame clínico por um cirurgião dentista treinado e calibrado (Kappa = 0,96). Foram examinadas 374 crianças na faixa etária de três a cinco anos. Os critérios para classificar as oclusões em normais e más oclusões foram: relação terminal dos segundos molares decíduos, relação de caninos, relação transversal, trespasses e presença/ausência de apinhamento dental. Os dados foram submetidos aos seguintes testes estatísticos: qui-quadrado (X²) com correção de Yates e Exato de Fisher (p<0,05). Resultados: A prevalência de má oclusão foi de 53,2% (IC 95%: 48,3 -58,6) e os tipos mais frequentes foram o apinhamento dental, sobressaliência e mordida aberta anterior. Verificou-se associação de má oclusão com os seguintes hábitos bucais: mamadeira, chupeta, sucção de dedo e respiração bucal. Aleitamento materno exclusivo