Moralidade pública e cidadania: a educação nos anos 30 e 40

Abstract

O problema da delinqüência adulta é, de uma certa maneira, o problema da delinqüência juvenil e, mais particularmente ainda da delinqüência infantil. (Dränger 1942) As crianças, por falta de escolas maternais e jardins-de-infância onde passem o dia, são condenadas a viver perambulando pelas vielas sórdidas das zonas de miséria, entregues a si mesmas, expostas a todos os perigos de ordem física e moral. À noite voltam para o ambiente infecto do barracão ou o quarto de casa de cômodos, cubículos mal ventilados, húmidos, imundos, onde vive a família inteira em promiscuidade degradante. (Alvim 1942) RESUMO: Este artigo problematiza, por um lado, alguns dos projetos de educação em disputa durante o Estado Novo (1937)(1938)(1939)(1940)(1941)(1942)(1943)(1944)(1945) e aponta aquilo que os unia: o desejo de constituição de um homem novo, o cidadão do Estado Nacional; por outro lado, o enorme abismo que existia entre estes projetos e as experiências populares que eles desejavam modelar.Palavras-chave: Estado Novo, cidadania, exclusão social, educação A cena desenrolou-se na Rua José Monteiro, 298, no bairro do Brás. Na frente da casa, uma imensa placa anunciava: "Curso de Alfabetisação do Departamento Feminino". O Departamento Feminino da Prefeitura, encarregado das obras assistenciais, estava inaugurando naquele dia o seu * Professor do

Análise Histórica Das Legislações Educacionais Para a Educação Formal Dos Negros No Brasil

“…A escola era vista, segundo Duarte (2000), como espaço onde se faria a modelagem de um cidadão padronizado, ordeiro, disciplinado, que colaboraria para a regeneração e higienização das famílias e de seus hábitos, considerados inadequados à…”

Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil

“…A escola era vista, segundo Duarte (2000), como espaço onde se faria a modelagem de um cidadão padronizado, ordeiro, disciplinado, que colaboraria para a regeneração e higienização das famílias e de seus hábitos, considerados inadequados à coesão social, à obediência a um órgão central, à segurança nacional, e ao fortalecimento da pátria. Nesse ideário não havia espaço para ações especificamente direcionadas a qualquer grupo racial, que eram consideradas separatistas e antinacionalistas.…”

Black’s educational law and formal education in Brazil

“…School was seen, according to Duarte (2000), as a space where the shaping of a standardized, orderly, disciplined citizen would be done; such citizen would contribute for the regeneration and sanitation of families and their consuetude, considered inappropriate to social cohesion, to the obedience to a central department, to national safety, and to fatherland's fortification. In those ideas, there was no space to actions specifically turned to any racial group, because they were considered secessionist and antinationalist.…”