Modelo Preditivo De Determinantes Socioeconômicos Da Tuberculose Em População Indígena Do Estado Do Pará, Brasil

Abstract

Objetivo: desenvolver um modelo capaz de identificar a correlação entre determinantessocioeconômicos e incidência de tuberculose na população indígena do estado do Pará.Método: estudo analítico e quantitativo, no qual se construiu um modelo preditivo por meio deregressão de Poisson para 285 casos novos notificados no Sistema de Informação de Agravo eNotificação, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015, no Estado do Pará.Resultados: partindo do modelo construído, pode-se confirmar que 86% do total de novos casosde tuberculose pode ser explicada pelas variáveis: recebimento de benefício social do governo,renda, escolaridade e sexo. A primeira variável foi considerada a mais significativa com nível dep<0.10.Conclusão: o modelo preditivo é útil como suporte para tomada de decisão, pois permite direcionarações de controle da tuberculose aos indivíduos sob maior risco: indígenas do sexo masculino, semescolaridade e que não recebem benefícios sociais.

Cobertura Do Programa Bolsa Família E Da Atenção Primária Em Santa Catarina: Análise Dos Indicadores De Pactuação Interfederativa

“…No bojo desse cenário, o profissional da atenção primária, além de acompanhar outros indicadores (15) , tem papel central no desenvolvimento e alcance das metas que digam respeito ao domínio da saúde no PBF, já que se trata de um programa que, quando realizado, diminui as chances de desenvolvimento de comorbidades (16) .…”

Fatores determinantes e a incidência de tuberculose na população indígena: Uma revisão integrativa da literatura

“…Outrossim, ressalta-se que as pessoas que se autodeclaram indígenas e que não recebem nenhum benefício social, como bolsa família, possuem mais chances de adoecerem em decorrência de TB, tendo em vista que quanto maior os índices de vulnerabilidade mais esses povos ficam mais sujeitos a viverem em estado de pobreza, afetando diretamente o seu bem-estar (Paiva et al, 2019).…”

“…Em outro artigo, analisou-se a taxa de incidência no Pará nos anos de 2012 a 2015 e foi encontrado taxas de 142,5/100.000 habitantes (Paiva et al, 2019). Do mesmo modo, no período de 2005 a 2013 em que na população não indígena o coeficiente foi de 46,0/100.000 hab., enquanto que para os indígenas os índices foram de 115,16/100.000 hab., aproximadamente 2,5 vezes maior (Paiva et al, 2017).…”

“…Nesse contexto, a tuberculose (TB)doença infecciosa causada pelo Micobacterium tuberculosis que atinge os pulmões, e está relacionada às condições socioeconômicas e ambientaisvem se destacando consideravelmente em decorrência da sua maior incidência nas populações indígenas do que na população não indígena (Paiva et al, 2019).…”

“…(Malacarne, 2013) Apesar disso, em 2017 foram notificados 69.569 casos novos de TB no Brasil, que corresponde a um coeficiente de incidência igual a 33,5 casos/100 mil habitantes, já na região Norte o coeficiente foi maior que a média nacional, com 42,7 casos novos/100 mil habitantes. Em relação aos povos indígenas, a incidência de TB é ainda maior em comparação a população não indígena (Paiva et al, 2019).…”