Neste artigo é analisado o comportamento de uma rede elétrica de distribuição, no sul do Brasil, considerando a integração da Geração Distribuída Fotovoltaica (GDFV). A modelagem dos elementos que compõem a rede, as cargas, as unidades de GDFV e as simulações são realizadas no software OpenDSS. A avaliação da probabilidade e do percentual de inserção da GDFV é feita por meio de um Sistema de Inferência Fuzzy (SIF). Este SIF permite a elaboração de cenários de integração com base na combinação de fatores que favorecem ou não a implantação de unidades de GDFV, como: tendências do setor elétrico (preço da energia), custo do sistema fotovoltaico, atratividade da GDFV e tempo de retorno do investimento. O Método de Monte Carlo é usado para definir curvas típicas de geração fotovoltaica, por estação anual. No estudo de caso, as simulações são realizadas para um alimentador cujas cargas são majoritariamente residenciais, e considera-se a sazonalidade anual da geração fotovoltaica. A partir das simulações, são analisadas as curvas de carga do alimentador, perfis de tensão da rede, energia consumida, perdas do alimentador, dentre outras métricas. O estudo mostrou que as maiores variações nos níveis de tensão e consumo de energia ocorrem na primavera e no verão porque a radiação solar é mais intensa nesse período. A alta penetração de GDFV (18% e 25%) pode causar fluxo de potência reverso na rede e reduzir as quedas de tensão ao longo do alimentador. A presença de GDFV também conseguiu reduzir o total de energia consumida e de perdas na rede.