Buscou-se analisar o impacto das mudanças climáticas nas precipitações de cinco pequenas bacias hidrográficas da Amazônia. Foram utilizados os cenários RCP 4.5 e RCP 8.5. As precipitações futuras foram obtidas via plataforma PROJETA e do Modelo ETA-MIROC5. Na bacia do Igarapé da Prata, observa-se que, ao longo do século, o modelo subestima, as médias diárias mensais mínimas simuladas no cenário realista, em comparação com o observado. No Rio Piranhas, as projeções indicam que as médias mínimas simuladas ocorrerão em meses de estiagem na região. No Rio Caeté, durante o período de 2024 a 2060, o modelo simula a redução das chuvas, em relação ao observado, entre os meses de março e setembro no cenário otimista, e entre fevereiro e setembro, no cenário realista. Já para o período de 2061 a 2099, as projeções apontam para a redução das chuvas entre os meses de março, e agosto e outubro no cenário otimista, e entre março e outubro no cenário realista. No Rio Capivara, no período de 2024 a 2060, o modelo simula reduções das chuvas para os meses de janeiro, março, abril e maio no cenário otimista, e entre fevereiro e maio, no cenário realista, assim como, em setembro e outubro nos dois cenários. Já para o período de 2061 a 2099, as projeções apontam para a redução das chuvas, com médias inferiores ao observado de março a agosto e outubro no cenário otimista, e entre março e outubro no cenário realista. No Rio Braço Norte, não haverá deslocamento temporal das médias máximas e mínimas das chuvas simuladas ao longo do século. Os resultados analisados são uteis para a gestão dos recursos hídricos das cinco pequenas bacias hidrográficas, pois os gestores podem planejar a mitigação de eventos extremos (secas e cheias) nas regiões afetadas devido às mudanças climáticas.