“…Como o Sistema de Contas Nacionais do IBGE não fornece estimativas desagregadas dos investimentos privados e públicos em bases trimestrais 5 , os trabalhos prévios que buscam tal desagregação usualmente utilizam dados anuais, como em Dailami (1987), Studart (1992), Rocha e Teixeira (1996), Melo e Rodrigues Júnior (1998), Ribeiro e Teixeira (2001). Exceções a tal padrão são trabalhos como os de Reis et al (1999), Pereira (2001) A literatura empírica 7 usualmente utiliza as seguintes variáveis como sendo explicações potenciais para o investimento: (i) o nível de atividade da economia, expresso pelo produto interno bruto (PIB) a preços constantes ou pelo grau de utilização da capacidade, o qual se assume como positivamente relacionado com o investimento; (ii) o crédito, dado pelas operações de crédito -especialmente as do BNDES -ou pelo acesso a fontes internacionais de financiamento; (iii) componentes autônomos do gasto agregado, particularmente o investimento público (série anual do IBGE da Formação Bruta de Capital Fixo da administração pública), que poderia induzir investimentos privados, assumindo-se, portanto, uma relação positiva com este, ou deslo cá-los, com a emergência de uma relação negativa; (iv) o custo do capital, com impactos negativos sobre as decisões empresariais de inversão, e cujas medidas mais comuns são a taxa de juros real e/ou o preço dos bens de capitais, em termos relativos a outros preços ou deflacionado 8 ; e (v) a incerteza, cuja proxy mais utilizada é a inflação. 5 As restrições impostas pelo modelo VAR/VEC em relação aos graus de liberdade impossibilitam a utilização da série FBME em frequência anual.…”