Este artigo se propõe a analisar os discursos dos políticos brasileiros Sandro Fantinel e Luiz Philippe de Orleans e Bragança em relação à problemática do trabalho análogo à escravidão. Utilizando a abordagem teórico-metodológica de Norman Fairclough (2003), renomado autor na Análise Crítica do Discurso, buscou-se investigar as estruturas linguísticas que não apenas comunicam, mas também representam e modificam o mundo físico e social. Destacamos a capacidade desses discursos em moldar perspectivas e perpetuar o status quo em relação à classe hegemônica econômica. Como produto da interação social, demonstramos como o discurso pode influenciar os valores e as práticas sociais, sustentando práticas de abusos e desrespeitos aos Direitos Fundamentais ou modificá-los a partir de uma reflexão crítica ao desvelar as naturalizações.