ReSUMo o campo midiático exerce um lugar estratégico na configuração das sociedades contemporâneas, contribuindo para a reflexão sobre o exercício da cidadania e da democracia. este texto discute como as narrativas jornalísticas operam na construção de uma visão sobre os direitos humanos. Analisa reportagens publicadas pela Folha de S. Paulo (impresso) e Jornal do Brasil (on-line) no período de agosto de 2014 a março de 2015, a partir das palavras-chave: direitos humanos, democracia, liberdade de expressão, cidadania e direito à informação. Apoiando-se no pensamento de Motta (2013), Resende (2011), Tuchman (1983), Gentilli (2005 e Bobbio (1986), apresenta as narrativas jornalísticas como o lugar onde ocorrem as mediações sociais, partindo da compreensão de que o jornalismo é um dos elementos para a constituição da realidade como fenômeno social compartilhado. A análise aponta que os direitos humanos são abordados de maneira episódica pelos jornais, a partir de pautas que emergem como fatos que o jornalismo se propõe a narrar, geralmente sem aprofundar ou contextualizar a temática. Palavras-chave: Direitos Humanos; Direito à informação; Jornalismo; Narrativa; Cidadania.
ABSTRACTThe media field plays a strategic role in the configuration of contemporary societies, contributing to the reflection about the exercise of citizenship and democracy. This article discusses how the journalistic narratives operate in building a vision of human rights. It analyzes reports published by Folha de S. Paulo (printed edition) and Jornal do Brasil (on-line) from August 2014 to March 2015, from keywords: human rights, democracy, freedom of speech, citizenship and right to information. Relying on the ideas of Motta (2013), Resende (2011), Tuchman (1983), Gentilli (2005), and Bobbio (1986, it presents the journalistic narratives as the place where there are social mediations, based on the understanding that journalism is one of the elements for the constitution of reality as a shared social phenomenon. The analysis points out that human rights are approached episodically by newspapers, based on guidelines that emerge as facts that journalism proposes to narrate, generally without deepening or contextualizing the theme.