Migração lateral do canal do Rio Paraguai entre a cidade de Cáceres e a estação ecológica da Ilha de Taiamã - Mato Grosso

Abstract

Visando analisar a migração lateral do canal no corredor fluvial do rio Paraguai no segmento entre Cáceres e a Estação Ecológica da Ilha de Taiamã - Mato Grosso, dividiu-se o corredor fluvial em dois compartimentos, em função dos aspectos morfológicos. No primeiro compartimento, o rio possui padrão meandrante, dinâmica caracterizada pela erosão acelerada e deposição de sedimentos na calha e na planície de inundação. No segundo compartimento, o canal perde todo o controle estrutural, mudando sua direção para oeste-sudeste, tornando-se novamente meandrante com o aumento da extensão da planície, atingindo os terrenos inundáveis do Pantanal. A análise espaço-temporal constatou mudanças na posição do canal e nova adaptação na planície, além de diminuição em sua extensão. As alterações espaciais resultaram das atividades laterais e do rompimento do colo de meandros, associados aos processos de erosão, transporte e deposição de sedimentos, que contribuíram para diminuição da sinuosidade do canal fluvial. As mudanças laterais no canal resultaram em: alterações na direção do fluxo; surgimento de novos braços e furados; alargamento do canal, em resposta ao acúmulo de sedimentos na calha; progressiva migração lateral e transferência da vazão do canal principal para canais secundários (furados).

Unidades E Feições Morfológicas No Sistema Rio-Planície Do Baixo Rio Sepotuba, Alto Paraguai – Mato Grosso

“…É uma ampla planície fluvialcom baixo gradiente topográfico e altitudes que variam de 60 a 180 m acima do nível do mar. Tais características fazem com que o escoamento superficial seja bastante lento e que, em decorrência disso, haja um longo tempo de permanência de água no sistema (Souza, 2004).…”

“…Em seguida, o método de análise utilizado baseou-se na caracterização do padrão de canal e da relação espacial deste com a planície de inundação e feições morfológicas, bem como com os terraços fluviais e diferentes unidades físicasgeomorfológicas e geológicasde seu entorno (Assine et al, 2015;Silva et al, 2007;Meira et al, 2019). 3, 5, 8 (1988, 1994, 2004 e 2017) na escala 1:100.000, composição colorida RGB, obtidas junto ao United States Geological Survey -USGS (Souza;Leandro;Sousa, 2014). Também, foram utilizados os mapas geológico-geomorfológicos confeccionados anteriormente com as bases da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Mato Grosso -SEPLAG, segundo Camargo (2011).…”

Antropização da paisagem da Bacia Hidrográfica do Córrego Jacobina em Cáceres/MT, Brasil

“…Nessa ótica, as bacias hidrográficas têm se constituído como unidades dinâmicas e complexas que compõem a paisagem e se tornam objetos de análise de extrema conversão devido ao seu enfoque sistêmico e integrado. Nesta unidade hídrica, "ocorrem interações entre vários fatores, tais como: clima, geologia, vegetação, geomorfologia e solo que ao se relacionarem, fornecem características e explicam sua estrutura e comportamento" Cunha, 2012), haja vista que a preservação dos corpos hídricos é essencial para a manutenção, qualidade e continuidade da vida, prevista como direito garantido no Art. 225 e seus incisos III, VI e VII da Constituição Federal, expondo que: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.…”

Variação Dos Sedimentos De Fundo E Evolução Morfológica No Corredor Fluvial Do Rio Paraguai, Cáceres – Mato Grosso

“…No rio Paraguai, a composição arenosa dos sedimentos de fundo, associada aos elementos biofísicos, contribui para alterações morfológicas. O canal principal e os ambientes fluviais proximais, tais como as baías, feições morfológicas ligadas ao canal principal, aferem a evolução atual do sistema em resposta ao constante trabalho hidrossedimentológico (SILVA et al, 2012;SOUZA et al, 2012;SOUZA et al, 2014). Souza et al (2012) destacaram ainda que o estágio evolutivo do corredor fluvial (calha e planície) do rio Paraguai reflete as mudanças ocorridas nas condições do sistema fluvial, em várias escalas temporais, associado à evolução geológica e climática da região e aos efeitos da atividade humana direta e indireta no canal.…”