Abstract:A imigração para o Amazonas continua sendo um campo aberto à pesquisa antropológica, seja aquela de cunho histórico, ainda pouco pesquisada, seja a mais recente, sobretudo a oriunda de países fronteiriços da Região Amazônica. Entretanto, o grande desafio que se coloca aos estudiosos dessa temática é superar a referência teórica que norteou as análises que tiveram como marco explicativo os ciclos econômicos, entre eles o da borracha. No caso da imigração recente para o Amazonas, a tentação é relacioná-la também… Show more
“…Em 2011, houve dois artigos tangenciando temáticas da Amazônia, ambos sobre o impacto de migrações internacionais na região (ARAGÓN, 2011;SILVA, 2011). Em 2013, há um artigo analisando a paradiplomacia em municipalidades transfronteiriças da Amazônia, e a importância desse processo para impulsionar políticas de desenvolvimento na região (MOREIRA, 2013) Nesse sentido, nossa proposta nessa seção é apresentar algumas breves reflexões a respeito de um caso que, pensamos, contribui para pensar as RI a partir…”
Section: Os 'Lugares' Da Amazônia Nos Estudos De Relações Internacionunclassified
No artigo, propõe-se um duplo objetivo. De um lado, questiona-se “quais os lugares da Amazônia nos estudos de RI no Brasil?”. De outro, inquirimos sobre o potencial de repensar pressupostos da disciplina a partir de um evento recente transcorrido na Amazônia: o Encontro Amazônia Centro do Mundo. Para responder à primeira pergunta, sistematizamos produções acadêmicas em RI apresentadas/publicadas nos três últimos Encontros Nacionais da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI) e nas revistas Carta Internacional, Contexto Internacional e Revista Brasileira de Política Internacional. Organizamos os resultados obtidos em termos de: (1) alocação nas Áreas Temáticas da ABRI; (2) divisões temáticas em categorias por nós identificadas; (3) produções por região geográfica do Brasil e (4) divisões temáticas por região geográfica. A partir do que observamos sobre o estado da arte em estudos de Amazônia nas RI no Brasil, propomos uma “outra inscrição” da Amazônia na disciplina a partir do Encontro Amazônia Centro do Mundo (EACM) e das perspectivas e reivindicações dos “povos da floresta” ali articuladas. Sob essa base, apresentamos uma breve reflexão crítica sobre os conceitos de “poder” e “resistência” nas RI, e concluímos apontando o potencial do EACM para se pensar nas potencialidades de uma “cosmopolítica da Amazônia”.
“…Em 2011, houve dois artigos tangenciando temáticas da Amazônia, ambos sobre o impacto de migrações internacionais na região (ARAGÓN, 2011;SILVA, 2011). Em 2013, há um artigo analisando a paradiplomacia em municipalidades transfronteiriças da Amazônia, e a importância desse processo para impulsionar políticas de desenvolvimento na região (MOREIRA, 2013) Nesse sentido, nossa proposta nessa seção é apresentar algumas breves reflexões a respeito de um caso que, pensamos, contribui para pensar as RI a partir…”
Section: Os 'Lugares' Da Amazônia Nos Estudos De Relações Internacionunclassified
No artigo, propõe-se um duplo objetivo. De um lado, questiona-se “quais os lugares da Amazônia nos estudos de RI no Brasil?”. De outro, inquirimos sobre o potencial de repensar pressupostos da disciplina a partir de um evento recente transcorrido na Amazônia: o Encontro Amazônia Centro do Mundo. Para responder à primeira pergunta, sistematizamos produções acadêmicas em RI apresentadas/publicadas nos três últimos Encontros Nacionais da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI) e nas revistas Carta Internacional, Contexto Internacional e Revista Brasileira de Política Internacional. Organizamos os resultados obtidos em termos de: (1) alocação nas Áreas Temáticas da ABRI; (2) divisões temáticas em categorias por nós identificadas; (3) produções por região geográfica do Brasil e (4) divisões temáticas por região geográfica. A partir do que observamos sobre o estado da arte em estudos de Amazônia nas RI no Brasil, propomos uma “outra inscrição” da Amazônia na disciplina a partir do Encontro Amazônia Centro do Mundo (EACM) e das perspectivas e reivindicações dos “povos da floresta” ali articuladas. Sob essa base, apresentamos uma breve reflexão crítica sobre os conceitos de “poder” e “resistência” nas RI, e concluímos apontando o potencial do EACM para se pensar nas potencialidades de uma “cosmopolítica da Amazônia”.
“…Apesar disso, a imigração peruana continua recebendo pouca atenção pública. Um esforço para preencher esta lacuna vem sendo realizado por pesquisadores tais como Silva (2008;2011a;2011b), Rufino (2011; e Oliveira (2006;2008a;2008b), os quais reconhecem a vitalidade da dinâmica migratória internacional na região amazônica e a participação de peruanos nesse processo.…”
Section: A Imigração Peruana No Brasilunclassified
“…São oriundos de Iquitos, Yurimaguas e Pucallpa (OLIVEIRA apud SILVA, 2011a), cidades da selva peruana, mas também de outras partes do país, como Lima e Cusco. A tríplice fronteira Brasil-Peru-Colômbia é a sua principal entrada (SILVA, 2011a) e o comércio informal a principal atividade econômica, pois não exige qualificação ou documentação (RUFINO, 2013;SILVA 2011a;2011b;OLIVEIRA, 2006).…”
Section: A Imigração Peruana No Brasilunclassified
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a dinâmica de mobilidade dos peruanos para o Brasil. Analisando seu perfil e as principais motivações que os impulsionam a ir para o exterior, indica-se que, ao contrário do que o senso comum imagina, a população peruana no Brasil é diversa e heterogênea, incluindo desde trabalhadores em atividades informais, até profissionais altamente qualificados, oriundos das mais diferentes partes do país, com múltiplos níveis de escolaridade, que (re)produzem uma «cultura de migração». O artigo se baseia em pesquisa bibliográfica e no trabalho de campo realizado com peruanos no Rio de Janeiro.
“…Nessa pauta, foram iluminados deslocamentos transnacionais tidos como problemáticos do ponto de vista de estados-nações e de outras agências de governo das populações, como aqueles implicados no "tráfico de drogas", no "contrabando" de mercadorias, no "tráfico de pessoas", na "imigração ilegal", na "clandestinidade" e na "fuga de cérebros". Na Amazônia, a nova geração de pesquisas sobre fronteiras e mobilidades conectou essa pauta global a preocupações com a "integração" da Pan-Amazônia e o "desenvolvimento regional", dando ênfase a novas "migrações" transnacionais (Machado, 2000;Becker, 2005;Rodrigues, 2006;Aragón, 2009;Silva, 2011;Castro e Hazeu, 2013;Machado et al, 2014;Jakob, 2015;Oliveira, 2016).…”
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.