Ceiba rubriflora é uma espécie nativa da região do médio São Francisco que se encontra em risco crítico de extinção. Em decorrência do endemismo da espécie, a produção de sementes é escassa e a micropropagação apresenta-se como ferramenta para a propagação da espécie. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi estabelecer in vitro sementes de C. rubriflora após desinfestação com diferentes concentrações de cloro ativo e testar a multiplicação in vitro de brotações apicais em diferentes concentrações de 6-benzilaminopurina (BAP). O estabelecimento in vitro das sementes foi realizado em meio de cultura MS, sendo estas submetidas previamente à desinfestação com hipoclorito de sódio (NaOCl) nas concentrações de 0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,5% de cloro ativo. Em condições in vitro, brotações apicais das plântulas germinadas foram utilizadas como explantes para a multiplicação, em meio de cultura MS, suplementado com BAP nas concentrações de 0,0; 1,0 e 2,0 mg L-1. As avaliações foram referentes à sobrevivência das plântulas, à contaminação fúngica e bacteriana e ao número de brotações por explante. A germinação in vitro das sementes foi superior a 98% com taxa de sobrevivência das plântulas maior que 50%. A porcentagem total de contaminação fúngica foi de apenas 2%, isenta de culturas bacterianas. Não houve multiplicação das brotações apicais de C. rubriflora em um único subcultivo in vitro em meio de cultura com BAP. Os resultados demonstram a viabilidade da germinação in vitro de sementes de C. rubriflora para a introdução e posterior processo de micropropagação, abrindo perspectivas para maiores estudos com a espécie.