ResumoA soja é uma das principais culturas que movimentam o agronegócio brasileiro, por isso torna--se necessário adotar técnicas que influenciam a melhoria da qualidade do solo, como a gessagem. Com este estudo, objetivou-se verificar a influência de doses de gesso agrícola no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da cultura da soja. O experimento foi conduzido na Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Tangará da Serra. O delineamento experimental foi em blocos casualizados (DBC) com cinco tratamentos, sendo 0, 1, 2, 3 e 4 t ha -1 de gesso agrícola, com quatro repetições. Foi realizada a calagem e a gessagem aos 30 e 60 dias antes da semeadura, respectivamente. A semeadura foi realizada na segunda quinzena do mês de novembro com a cultivar P98Y30 em solo adubado no sulco. As avaliações foram realizadas em 10 plantas aleatórias no estádio fenológico R 9 . Observou-se que as variáveis altura de planta, altura da primeira vagem, número de nós, número de vagens por planta, massa de 100 grãos e produtividade foram influenciadas de forma significativa pelas doses de gesso agrícola, em que os melhores resultados ocorreram na dose de 2 t ha -1 , entretanto, o diâmetro do caule não sofreu influência. Com base no exposto, verificou-se que a dose de 2 t ha -1 de gesso agrícola apresentou o melhor efeito no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da soja. Palavras-chave: Glycine max L. Gessagem. Produtividade.
IntroduçãoA cultura da soja (Glycine max L.) apresenta grande importância na economia brasileira, de tal modo que o Brasil é o segundo maior produtor mundial dessa oleaginosa e lidera o ranking das exportações mundiais. O estado de Mato Grosso destaca-se entre os demais estados nacionais, sendo responsável por cerca de 28 % da produção brasileira, na safra 2015/2016 registrou produtividade média de 2.956 kg ha -1 (COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO -CONAB, 2016). Geralmente, é realizado plantio direto (PD) na grande maioria das áreas cultivadas com a cultura da soja. O não revolvimento do solo nesses sistemas geram impasses quanto à aplicação de corretivos nas camadas subsuperficiais, onde há alta concentração de alumínio tóxico, baixa disponibilidade de cálcio, magnésio, fósforo e outros nutrientes, formando uma camada que pode restringir o desenvolvimento das raízes e consequentemente reduzir a produtividade da cultura (BROCH et al., 2008).A aplicação de gesso agrícola na superfície pode contribuir para reduzir esses efeitos negativos sobre o desenvolvimento das plantas, além de minimizar a magnitude da lixiviação de cálcio, magné-