Objetivou-se com este estudo analisar a viabilidade técnica e econômica de reservatórios de aproveitamento de água de chuva, dimensionados para três municípios com climas distintos do Estado de Minas Gerais, sendo eles Lavras, Montes Claros e Uberlândia. Para análise da viabilidade técnica, foram usados os métodos de dimensionamento de reservatório apresentados pela NBR 15527: Rippl, Simulação, Azevedo Netto, Alemão, Inglês e Australiano. Para tal, foram utilizadas as séries históricas pluviométricas de cada município para o período de 01/01/1988 a 31/12/2018. A área de captação adotada foi de 100 m², e foram consideradas demandas de água potável de 100, 150 e 300 L per capita, em residências ocupadas por três habitantes, sendo o percentual de substituição de água potável por pluvial equivalente a 30%. Para análise da viabilidade econômica, foram utilizadas as metodologias do Payback Descontado e Índice de Lucratividade. Estas foram embasadas nos valores das tarifas praticadas pelas companhias de abastecimento de água e nos custos de aquisição dos reservatórios dimensionados. Os resultados obtidos mostraram que os reservatórios dimensionados por meio do Método da Simulação apresentaram maiores viabilidades técnica em relação aos demais. Com este, a simulação do comportamento dos reservatórios em todos os meses do ano se mostrou eficaz inclusive nos meses de pouca chuva. Ademais, o tempo necessário para retorno do investimento realizado esteve dentro do horizonte de 30 anos adotado, variando de 4,31 a 25,98 anos. O investimento também foi considerado vantajoso quando analisados os Índices de Lucratividade, os quais foram todos superiores a um, com valores oscilando de 1,16 a 15,79. Lavras, segunda cidade com maior valor de precipitação média anual dentre as avaliadas, foi a mais viável economicamente para implantação de reservatórios, destacando a tarifa de água e esgoto como um fator de grande relevância na análise.