Anualmente acontecem uma média de 234 milhões de procedimentos cirúrgicos em todo o mundo. E rotineiramente operações eletivas mantêm o paciente em jejum noturno prolongado, potencializando a diminuição na qualidade imunológica do indivíduo, alterando o processo de cicatrização e ainda predispondo esse paciente a infecções. Essa pesquisa busca analisar o tempo de jejum no pré-operatório de cirurgias eletivas em um hospital de referência do município de Fortaleza. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário contendo informações sobre identificação (idade, gênero), e referentes ao processo cirúrgico, como: o horário da última refeição, último alimento oferecido pelo hospital. Foram avaliados 159 pacientes com idade média de 35 ± 18,2 anos, sendo a maioria da amostra da faixa etária adulta (74, 2%) e do sexo masculino (71, 8%). O tempo médio de jejum pré-operatório encontrado foi 11 horas para os pacientes que tinha a cirurgia agendada pela manhã e de 18 horas para os pacientes agendados para o período da tarde. Ao analisar as últimas refeições, pode-se perceber que o tempo de jejum foi superior em todos os grupos. Para os pacientes que tinham a sua última refeição composta por carnes e frituras apresentaram um maior tempo médio (21 horas) em dieta zero. Pode-se concluir que os pacientes foram submetidos a um tempo médio de jejum superior ao sugerido pelo protocolo da American Society of Anesthesiology e, que esse período de jejum pré-operatório foi igualmente extensos para sólidos e líquidos.