Pessoas com altas habilidades/superdotação têm características específicas tais como, habilidades acima da média, criatividade e envolvimento com a tarefa. Essas características devem ser reconhecidas no meio educacional e social, inclusive no que se refere ao desenvolvimento moral. O artigo tem por objetivo discutir aspectos relacionados à construção da inteligência e da moralidade em pessoas com altas habilidades/superdotação na perspectiva da epistemologia genética, destacando a sua importância para o contexto educacional. A metodologia utilizada consistiu em pesquisa bibliográfica por método de revisão sistemática na base Scielo. Trata-se de pesquisa exploratória sobre os constructos: inteligência e moralidade na visão de Piaget. Na busca realizada, foram encontrados trinta e quatro artigos. Trinta e um foram excluídos por não tratar do tema. A síntese dos resultados aponta para falta de evidência de estudos pois, foram encontrados na última década apenas três artigos. Foi necessário expandir a busca junto a revista Schème - Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas. As pesquisas analisadas evidenciam que na superdotação existe uma complexidade na formação das estruturas do pensamento, ocorre antecipação dos estádios de desenvolvimento da inteligência, aguçado senso de moralidade e características peculiares como reversibilidade e tomada de consciência. Sugere-se, portanto, que um ensino que pressuponha tais características proporcione desafios adequados ao desenvolvimento inteligência e da moral considerando as especificidades dos sujeitos superdotados, que nem sempre estarão alinhados a sua faixa etária. Assim, sugere-se que sejam realizadas outras pesquisas que busquem elucidar a lacuna encontrada para o aprofundamento da questão.