EPÍGRAFEÉ essa habilidade de viver com a diferença entre nós que vai nos sustentar no longo prazo. Precisamos ser capazes de abrir nossas mentes para entender com quem cohabitamos no mundo, não para subordiná-los a uma forma de viver, mas para aceitar modos de vida no plural, a complexidade de que somos feitos. (Trecho de entrevista concedida por Judith Butler à M. Fernanda Rodrigues e publicada em O Estado de São Paulo em 06/11/2017). DEDICATÓRIA Aos meus "sídos" Abdel Majid e Fakhri (in memoriam), minhas "sítes" Hamama e Halima (in memoriam), meu bába Marouf e minha máma Munirameus primeiros contadores de histórias em árabe. A todos os migrantesoriundos de países de língua árabe ou nãoque deixaram seus países de origem em condições adversas, em busca de uma nova vida, e que tanto nos ensinam sobre resiliência e humildade nas suas narrativas cotidianas. AGRADECIMENTOS A TECA MAHER, pela confiança em mim depositada, pela orientação, pelos ensinamentos, pela sua infinita paciência e, principalmente, pela coragem ao me incentivar a ir por "novos" caminhos que acabaram me conduzindo e ressignificando meu próprio background. Aos meus pais, MAROUF e MUNIRA, por serem meus primeiros professores, meus maiores e mais incansáveis incentivadores. Se não fosse pelo apoio incondicional de vocês, eu não teria trilhado um caminho diferenciado, nem vivenciado tantas coisas tão ricas, nem extrapolado todos os limites que poderiam ter sido a mim impostos pelas tradições de meu entorno. Obrigada por me ensinarem o quanto a liberdade e a responsabilidade individual na tomada de decisões são fatores cruciais para nossa própria felicidade. Aos meus AVÓS (in memoriam), por terem sido meu elo principal com minhas origens e herança cultural, assim como meus pais. Foram tantas histórias, tantos ensinamentos... Hoje, o que fica são a alegria dos momentos vividos e uma saudade tão grande que não cabe no peito. Aos meus irmãos, SAMI e SAMIA, minha cunhada, ROSAMARIA, meus sobrinhos, TAREK, AMANI e RIAD, pelos momentos compartilhados, pelas lições mutuamente aprendidas, e por serem fonte inesgotável e absoluta de amor e carinho. Ao tio HASSAN EMLEH (in memoriam) e família, por terem me recebido em seu lar na primeira vez em que saí de casa para estudar, ainda adolescente; os primeiros passos de minha vida acadêmica foram dados ali.