2016
DOI: 10.17851/1982-3053.10.18.45-59
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Memória e testemunho: a fragilidade da narrativa em O que os cegos estão sonhando?, de Noemi Jaffe

Abstract: Desde a Segunda Guerra Mundial, muito se tem escrito sobre a Shoah, o crime contra a humanidade perpetrado pelos nazistas. Ainda que a palavra “muito” sugira quantidade, a experiência vivida de forma coletiva na guerra é um apanhado de experiências individuais que, incitando diversos relatos, jamais se fatigarão. O livro O que os cegos estão sonhando?, com o Diário de Lili Jaffe (1944-1945) e o texto final de Leda Cartum, escrito e organizado por Noemi Jaffe, extrapola os limites de classificação. As reminiscê… Show more

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“…Conforme assinala Rodrigues (2016), para o escritor Primo Levi, há um alinhamento entre a violência infligida a um homem e aquela direcionada à sua linguagem. O regime nazista, que preconizava a superioridade étnica do povo alemão, buscava a supremacia em todos os aspectos, inclusive, no linguístico.…”
Section: Trauma Escrita E Silênciounclassified
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“…Conforme assinala Rodrigues (2016), para o escritor Primo Levi, há um alinhamento entre a violência infligida a um homem e aquela direcionada à sua linguagem. O regime nazista, que preconizava a superioridade étnica do povo alemão, buscava a supremacia em todos os aspectos, inclusive, no linguístico.…”
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“…Assim como a ficção laubiana, a narrativa de Jaffe é marcada pelo uso de uma forma fragmentária que mimetiza o funcionamento da memória fraturada pelo trauma. Rodrigues (2016) assinala que, no diário de Lili Jaffe, há diversas ocorrências de emudecimento e de obstáculos na recomposição da memória ferida. A sobrevivente escreve: "Tenho dificuldade de escrever o que aconteceu há cinco dias."…”
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