Melhoria da qualidade da assistência ao parto pela enfermeira obstetra e o uso do partograma

Abstract

O parto é um fato fisiológico, visto que constitui a forma natural de reprodução da espécie humana. O mesmo marca o fim de uma gestação e uma nova experiência marcante para a mulher. Este estudo apresenta os seguintes objetivos: Analisar a atuação da enfermeira obstetra ao parto normal bem como os empecilhos para a sua prática e discutir a importância do uso rotineiro do partograma na assistência ao trabalho de parto. Trata-se de uma revisão bibliográfica. Foi observado que para uma efetiva atuação da enfermeira obstetra é preciso que essas profissionais sejam competentes para tal, ou seja, tenham conhecimentos, habilidades e atitudes, assuma com autonomia suas atribuições, através de uma assistência menos intervencionista, inclusive o uso do partograma.

Assistência à mulher no parto normal hospitalar na perspectiva da enfermagem: uma revisão integrativa

“…A assistência ao parto desenvolvida por enfermeira favorece o cuidado humanizado por ter um modelo de formação não intervencionista na valorização do agir fisiológico do corpo da mulher. Esse cuidado muda o modelo vigente com redução das taxas de cesariana e proporciona a atuação pautada pelas boas práticas de assistência ao nascimento (Ferreira Junior et al, 2021;Batista et al, 2021;Pontes et al, 2022). Visualizamos na prática do dia a dia profissional repercussões de nascimentos seguros e de qualidade.…”

“…Neste contexto, a atuação da enfermeira obstetra é estratégica, tendo papel na qualificação dos serviços de saúde e na assistência à mulher no processo de parto e nascimento, refletindo em melhora na atenção de saúde e satisfação da mulher, contribuindo para a melhoria da saúde materna. O cuidado com o menor número de intervenções está ligado com a experiência que o profissional possui, pois respeita o processo fisiológico, proporcionando à mulher conforto e segurança, demonstrando a mulher sua capacidade de parir, fortalecendo sua autoconfiança (Reis et al, 2015;Corvello et al, 2022;Pontes et al, 2022).…”

“…O Ministério da Saúde intensificou ações na tentativa de discutir o modelo de assistência, e garantir acesso às práticas de saúde sustentadas em bases científicas, pautadas no protagonismo da mulher durante a gestação, parto e puerpério. Nesse sentido, é necessária a habilidade e experiência dos profissionais que desenvolvem cuidados, na direção de alcançar as expectativas e necessidades dessas mulheres e suas famílias, tornando o parto um acontecimento positivo (Brasil, 2017;Paulo et al, 2021;Pontes et al, 2022;.…”

“…A atuação da enfermagem na assistência à mulher, no processo de parturição, atualmente, é considerada como uma possibilidade para a redução da morbimortalidade materna e perinatal. Com essa assistência, poderá diminuir as ações intervencionistas do tipo cesarianas, muitas vezes desnecessárias (Brasil, 2017;Leite et al, 2020;Batista et al, 2021;Pontes et al, 2022).…”

“…Atualmente, o modelo de cuidado utilizado pela enfermagem obstétrica e neonatal, encontra-se pautado na humanização da assistência realizada à mulher e ao RN, tendo como embasamento as políticas públicas de saúde, fazendo uso de tecnologias apropriadas, necessárias e fundamentadas, valorizando a cultura, crenças e modos de vida de cada mulher. Baseada nisso, a enfermagem desempenha papel de grande importância na construção de um panorama mais promissor para atenção ao parto e nascimento do Brasil (OMS, 2019;Batista et al, 2021;Pontes et al, 2022).…”