A comercialização dos produtos da floricultura em supermercados, feiras e eventos, tem criado nos produtores a necessidade de buscar e produzir novas variedades e híbridos; reflexo da procura por novidades e qualidade, pelos consumidores (Takane et al., 2010). Assim, considerando estes aspectos e tendo em perspectiva a grande diversidade genética de espécies com fins ornamentais que são nativas do Brasil, uma estratégia para alavancar o setor nacional e torná-lo autossuficiente é o estabelecimento de programas brasileiros de melhoramento genético de flores e plantas ornamentais (Cardoso, 2013).Para isso, é necessário que sejam feitos maiores investimentos em prospecção e biologia reprodutiva das principais espécies cultivadas no país, de modo a desenvolver cultivares com padrão de excelência similar e até mesmo superior ao das cultivares estrangeiras (Cardoso, 2013). Além disso, o uso de espécies nativas, nesses programas de melhoramento genético, é uma estratégia para assegurar maior adaptabilidade às condições climáticas e de cultivo no Brasil.No entanto, para a seleção de plantas ornamentais de qualidade superior, devem-se considerar as características ornamentais como coloração, tamanho e proporcionalidade das flores, além do vigor vegetativo; e as características agronômicas como o crescimento rápi-do e vigoroso, florescimento precoce, durabilidade das flores, resposta à adubação, facilidade de cultivo, resistência a pragas e doenças; a adaptabilidade às diferentes regiões de cultivo e o aspecto inovador da cultivar, que a torna interessante comercialmente (Cardoso, 2010