2009
DOI: 10.5007/2175-7976.2009v16n21p111
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Medicina e Saúde Pública no Brasil: dos pajés e físicos aos homens de ciência do século XX

Abstract: Resumo: A proposta do artigo é analisar as transformações históricas que singularizam a atuação dos médicos no Brasil, dos tempos coloniais, até o início do século XX. Observa-se que a medicina colonial se desenvolveu em meio ao descrédito da população e escassez de recursos, ao passo que durante o período monárquico essa situação tendeu a sofrer importantes transformações. Iniciado o século XX, os médicos, além de dividirem-se em várias especialidades, assumiram a missão de regenerar a raça.

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“…Mesclando seus saberes ao dos autóctones e, posteriormente, ao dos escravos africanos que para aqui foram traficados, essas provedoras populares de cura têm-se mantido operantes até os dias correntes, driblando as várias perseguições que vêm sofrendo ao longo desses cinco séculos, ressignificando seu papel e adaptando-se à realidade de seus contextos. Para embasar nossas colocações nesse artigo, fundamentamo-nos em teóricos basilares da área como Câmara, Sanz-Mingo e Câmara (2016), Conceição (2008), Rosario et al (2014), Stancik (2009 e Theotonio (2011)para citar alguns. Concluímos que mais de quinhentos anos após sua chegada em terras brasileiras, as rezadeiras têm se mantido como uma referência de provisão de saúde em níveis físico, mental, espiritual e social; foram e são imprescindíveis no passado e no presente; serão necessárias, seguramente, no futuro e por isso sua repaginação constante tem sido de fundamental importância para a sua continuidade.…”
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“…Mesclando seus saberes ao dos autóctones e, posteriormente, ao dos escravos africanos que para aqui foram traficados, essas provedoras populares de cura têm-se mantido operantes até os dias correntes, driblando as várias perseguições que vêm sofrendo ao longo desses cinco séculos, ressignificando seu papel e adaptando-se à realidade de seus contextos. Para embasar nossas colocações nesse artigo, fundamentamo-nos em teóricos basilares da área como Câmara, Sanz-Mingo e Câmara (2016), Conceição (2008), Rosario et al (2014), Stancik (2009 e Theotonio (2011)para citar alguns. Concluímos que mais de quinhentos anos após sua chegada em terras brasileiras, as rezadeiras têm se mantido como uma referência de provisão de saúde em níveis físico, mental, espiritual e social; foram e são imprescindíveis no passado e no presente; serão necessárias, seguramente, no futuro e por isso sua repaginação constante tem sido de fundamental importância para a sua continuidade.…”
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“…Segundo esse estudioso, "O dom natural, com poder, precisamente por acontecer à nascença, favorece às criaturas de aptidões especiais que, quando necessário, agem sobre outrem sob o olhar do poder divino -este é de longe o dom mais raro e exclusivo das mulheres" (MORAIS, 2007, p. 485). Por essa citação fica patente que o dom da cura é uma prerrogativa do elemento feminino, segundo esse e outros teóricos como Paradiso (2011), Stancik (2009) e Zordan (2005).…”
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“…Antes deles, portugueses, holandeses e franceses aqui já haviam desembarcado na época da colônia, estabelecendo-se ou retirando-se depois de algum tempo de resistência por parte dos nativos. Remontando, então, ao Brasil Colonial, aparte dos físicos ibéricos (médicos diplomados) que emigraram para cá na condição de degredados e dos pajés autócto-nes, haviam aqui agentes populares de cura, também emigrados da Península Ibérica: curandeiros, parteiras, sangradores, dentistas e barbeiros -cujas práticas sobreviveram durante o período monárquico e adentraram no período republicano (STANCIK, 2009). Reiteramos que naquele momento, Medicina, religião e magia estavam amalgamadas, tanto na Medicina erudita quanto nos sistemas populares de cura, na metrópole e nas colônias portuguesas (RIBEI-RO, 2015).…”
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