Para a ANVISA, medicamentos genéricos são compostos que, ao fim do período de patente dos medicamentos de referência, utilizam tanto o mesmo princípio ativo e formulação destes, como os testes aos quais foram submetidos, a fim de garantir a equivalente eficácia, qualidade e confiabilidade. Neste sentido, dados revelam que o perfil de consumidores dos medicamentos na indústria farmacêutica são, predominantemente, de idosos, em consequência da necessidade da terapêutica medicamentosa para as mais variadas condições clínicas. Dessa forma, o presente estudo objetivou, através de uma revisão da literatura, discorrer sobre as dificuldades relacionadas à aceitação de medicamentos genéricos pela população idosa. Durante a análise dos resultados, identificou-se que a prescrição realizada por um profissional de saúde, como o médico, é um dos grandes fatores inerentes à resistência à adesão de medicamentos geriátricos pelo público geriátrico. Esta que soma-se ao ceticismo incentivado pelas campanhas de marketing dos fabricantes de marcas de medicamentos e aos vieses psicológicos, conscientes e inconscientes, responsáveis pela crença de que “medicamentos mais caros possuem uma maior eficácia”. Assim, diante do exposto, salienta-se a importância de uma atuação profissional no momento de prescrição ao paciente, uma vez que uma correta anamnese e entrevista particular pode responder questionamentos quanto fatores socioeconômicos e dúvidas frequentes entre os usuários idosos. De modo que intervenções educacionais e comunicativas também tornam-se essenciais para a aceitação dos genéricos pelos pacientes geriátricos.