Medicalização no ambiente escolar

Abstract

O cenário do ensino aprendizagem revela diferentes problemas para os quais as causas e soluções, igualmente são diversas. Dentre eles destaca-se a atribuição de soluções médicas para o seu enfrentamento. Objetivou-se problematizar as origens teóricas e históricas da medicalização no ambiente escolar. Trata-se de revisão narrativa da literatura das áreas de saúde e educação. Como resultado a medicina padronizou o comportamento dos indivíduos e para aqueles que fogem do padrão estabelecido como normal, resulta na medicalização, discurso que a escola rendeu-se disciplinarizando os indivíduos em vez de educa-los. Conclui-se que a medicalização sustenta-se na ideia de que os problemas, são oriundos de fatores internos, biológicos ou psicológicos. Ao considerar essa lógica isentam-se os variados fatores que determinam o sucesso dos escolares.

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade na perspectiva materna

“…Ao resgatar-se a concepção biomédica, o fato de a escola buscar a solução dos problemas de saúde de crianças e adolescentes com ações centradas na figura do profissional médico, evidencia a lógica medicalizadora adentrando o espaço escolar e reforçando o uso de medicamentos como a principal alternativa para superar o não aprender (Cheffer et al, 2018). Visto que, atualmente, é possível perceber e vivenciar um processo de medicalização que até então não era tão evidente, isso tem influenciado sobremaneira na vida cotidiana, tanto é que, na contemporaneidade, as práticas da medicina tem se destacado e sobressaído às experiências mais corriqueiras e naturais da nossa vida.…”