2006
DOI: 10.1590/s0104-83332006000100008
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Marcadores sociais da diferença e infância: relações de poder no contexto escolar

Abstract: Na primeira parte do artigo apresento contribuições de autores de diversas áreas no que se refere às relações de gênero em sala de aula, entre crianças e adolescentes. Na segunda parte, apresento resultados parciais da pesquisa de campo de minha dissertação de Mestrado, realizada numa escola pública da cidade de Campinas, Estado de São Paulo, analisando temas como a relação das crianças com as diferenças de classe, raça, gênero e outros marcadores sociais, as hierarquias de poder na sala de aula e as concepçõe… Show more

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“…Mas além da classe, há outros marcadores sociais de diferença que podem existir dentro da escola, tais como raça, gênero, orientação sexual (SOUZA, 2006), além de religião e outras diferenças culturais. Para uma sociedade que lide com seus estranhos sem que seja de forma antropoêmica ou antropofágica (no sentido conferido por Lévi-Strauss), o respeito à diversidade deve ser um tema interdisciplinar de estudo, e sua aceitação, uma meta.…”
Section: Educação Estranhos E Vida Públicaunclassified
“…Mas além da classe, há outros marcadores sociais de diferença que podem existir dentro da escola, tais como raça, gênero, orientação sexual (SOUZA, 2006), além de religião e outras diferenças culturais. Para uma sociedade que lide com seus estranhos sem que seja de forma antropoêmica ou antropofágica (no sentido conferido por Lévi-Strauss), o respeito à diversidade deve ser um tema interdisciplinar de estudo, e sua aceitação, uma meta.…”
Section: Educação Estranhos E Vida Públicaunclassified
“…As questões de sexo/ gênero/orientação sexual estavam presentes em todos os registros de campo, enquanto as relativas à raça estavam presentes quando eram registrados momentos de conflito de diversas ordens, que terminavam em xingamentos racistas ou em conflitos criados pelo próprio racismo, e que vamos aprofundar a seguir. A mesma espécie de insultos observados em interações infantis e relatados nas entrevistas foi analisada por Érica Renata de Souza (2006), que argumentou ser a estética atrelada, de modo geral, ao marcador raça, compondo ambos quase que um só marcador, que, a todo o momento, estrutura fronteiras e estigmas, citando ser fato comum meninos serem chamados de "Negão", "Preto", "Carvão", "Macaco", e meninas, de "Bombril", "Cabelo de vassoura", ou "Canhão". Para Guimarães, a função do insulto racial "é institucionalizar um inferior racial, sendo capaz não só simbolicamente de dirigir a pessoa discriminada a seu lugar inferior historicamente constituído, como também de reinstituir esse lugar" (GUIMARÃES, 2000, s/p), legitimando a hierarquia entre grupos sociais.…”
Section: Quadro 1 Ocorrência De Discriminação Nas Turmas De Crianças unclassified
“…Terminou com o namorado!". Situação semelhante foi encontrada por Souza (2006) ao constatar que, quando um menino não correspondia às expectativas associadas aos homens, este era estigmatizado, marginalizado e classificado como "gay", "bicha" e "veado". O/A professor/a se manteve calado/a, continuando as atividades letivas e não teceu nenhum comentário sobre o fato ocorrido na sala de aula.…”
Section: O "Viado"unclassified