Objetivo: identificar o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes de unidade de terapia intensiva do interior do Brasil e caracterizar os óbitos e os seus fatores preditores. Método: estudo transversal realizado a partir da análise documental de prontuários de amostra aleatória de pacientes em cuidados intensivos. Foram coletados dados entre 2016 e 2018 utilizando instrumento padronizado. Análise descritiva realizada comparando óbitos e sobreviventes. Utilizou-se regressão multivariável para identificação dos preditores do óbito. Resultados: considerando os 259 pacientes analisados, ocorreram 231 mortes (89,2%). Entre os óbitos, predominaram o sexo feminino (55,4%), raça branca (75,3%) e baixa escolaridade (66,7%). As variáveis idade avançada, insuficiência cardíaca e infecção pelo vírus da imunodeficiência humana adquirida foram consideradas preditores do óbito. Conclusão: evidenciou-se a caracterização dos pacientes atendidos na terapia intensiva, assim como a identificação de sujeitos com maior risco de morte, fornecendo subsídios para a elaboração de estratégias efetivas de prevenção do óbito.