“…O aparato tecnológico e os recursos financeiros disponibilizados pelos EUA ao governo brasileiro, previsto nos Acordos de Washington, ajudaram no incremento da política desenvolvimentista de Vargas durante o Estado Novo, pois propiciaram a eclosão de uma complexa engenharia institucional na Amazônia, constituída, em sua configuração organizativa, pelo Banco de Crédito da Borracha (BCB), o Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), o Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores (Semta), requalificado anos mais tarde como Comissão Administrativa de Encaminhamento de Trabalhadores (Caeta), o Instituto Agronômico do Norte (IAN), a Superintendência do Abastecimento do Vale Amazônico (Sava) e o Serviço de Navegação da Amazônia e Administração do Porto do Pará (Snaapp) (Guillen, 1997;Secreto, 2011). Buscava-se, com isso, garantir, ao mesmo tempo, suprimento de matéria-prima às demandas dos países aliados envolvidos na Segunda Grande Guerra e a integração territorial desta região ao restante do país, consubstanciados no programa governamental Marcha para o Oeste e no Discurso do Rio Amazonas.…”