“…Os primeiros estudos sobre a perda da fauna silvestre por atropelamentos no Brasil datam das décadas 1980e 1990(Novelli et al, 1988Valladares-Padua et al, 1995;Vieira, 1996;Fischer, 1997), os quais possuem um caráter mais descritivo, com importantes considerações sobre o impacto e propostas de mitigações. Na última década, no entanto, o volume de estudos investigando o assunto no Brasil teve considerável incremento, sendo o material disponível composto por trabalhos descritivos (Rosa e Mauhs, 2004;Pereira et al, 2006;Cherem et al, 2007; Melo e Santos-Filho, 2007;Silva et al, 2007;Hengemühle e Cademartori, 2008;Kunz e Ghizoni-Jr, 2009;Turci e Bernarde, 2009), abordagens de biologia e conservação (Tumeleiro et al, 2006;Hass et al, 2008), além de abordagens ecológico experimentais (Develey e Stouffer, 2001;Scoss, 2002;Laurance, 2004;Laurance et al, 2004;Prada, 2004;Coelho et al, 2008). Particularmente, o impacto das estradas e rodovias sobre a avifauna já foi reportado por diversos autores (Reijnen e Foppen, 1991, 1995Malizia et al, 1998;Mumme et al, 2000;Develey e Stouffer, 2001;Erritzoe et al, 2003;Rheindt, 2003;Laurance, 2004;Laurance et al, 2004), enfocando efeitos negativos dessas vias na biologia e no comportamento das aves.…”